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Estudo Dengue Saneamento Básico

Estudo relaciona dengue com falta de saneamento básico no ES

Estudo Dengue Saneamento Básico

Por Otávio Gomes

Então um estudo desenvolvido pela área técnica do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) demonstrou a relação entre o número dos casos de dengue com a falta de saneamento básico.

A pesquisa foi realizada em municípios capixabas pela equipe do Núcleo de Controle Externo de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas de Saúde (NSaúde).

Portanto o trabalho foi desenvolvido durante a epidemia de dengue nas primeiras 14 semanas deste ano. Segundo o levantamento, 63 dos 78 municípios capixabas apresentaram no período observado incidência de dengue superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes, índice considerado alto pela classificação do Ministério da Saúde.

Segundo o estudo concluiu que, além dos fatores climáticos, a falta de infraestrutura de saneamento foi crucial para os altos números da doença no Estado.

“A literatura aponta que, embora condições climáticas possam impulsionar a propagação do mosquito transmissor da dengue, problemas de saneamento também desempenham um papel significativo para o vetor da dengue. Portanto, ao avaliar os dados municipais de saneamento, podemos identificar possíveis lacunas que contribuem para o aumento da incidência da doença no Espírito Santo”, diz o texto do NSaúde.

“É crucial destacar que as políticas públicas de saneamento básico desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e qualidade de vida da população. Elas criam um ambiente que reduz significativamente a presença de vetores, como animais e insetos, que propagam parasitas, bactérias e agentes patogênicos. Isso, por sua vez, contribui para a prevenção e controle de doenças, tais como hepatites, dengue, verminoses, diarreias, cólera, toxoplasmose, entre outras”, completa o material.

Falta de investimentos

Em conclusão ao analisar os números de investimento público em saneamento básico no Espírito Santo, o estudo concluiu que, em 2021, apenas quatro dos 78 municípios capixabas possuíam pelo menos 90% de cobertura de coleta de esgoto. Também foi constatado que apenas um terço dos municípios fornecia água potável para menos que 50% da sua população.

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Em suma no município de Barra de São Francisco, por exemplo, que registrou uma incidência de 8.548 casos de dengue no período. Apenas 65,01% da população é atendida com abastecimento de água, abaixo das médias estadual e nacional, de 83,4% de 84,9%, respectivamente. Portanto a situação do tratamento de esgoto é ainda mais preocupante. Ademais com apenas 20,43% de cobertura, também inferior à média estadual (59,5%) e à nacional (56%),

“A partir dos dados de incidência em 2024 e dos indicadores de saneamento básico, foi observada uma correlação inversa. Ou seja, municípios com piores sistemas de saneamento básico tendem a apresentar maior incidência de dengue”, conclui o documento.

Fonte: ES.

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