saneamento basico

Após 3 meses de estabilidade, nível do Cantareira tem sua primeira queda

O nível de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a capital e região metropolitana, teve nesta terça-feira (28) a primeira queda em quase três meses, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O volume do reservatório baixou de 20,1% para 20%.

O conjunto de represas não reduzia seu índice desde o dia 1º de fevereiro, ou seja, ficou 86 dias sem perder mais água do que recebeu. Apesar dos meses de estabilidade, no entanto, a situação é crítica, porque estamos no período mais seco do ano e apenas a segunda cota do volume morto foi recuperada.

O índice de 20,0% divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta terça, o índice é 15,5%, o mesmo registrado no sábado.

O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta segunda, o índice é de -9,2%.

A chuva registrada em abril, 45,1 mm, é apenas 50% do esperado para o mês.

Outros sistemas

Entre os demais cinco mananciais que abastecem a Grande São Paulo, o Alto Tietê, Alto Cotia e Rio Grande ficaram estáveis, o Guarapiranga caiu e apenas o Rio Claro subiu.

Mudança no abastecimento
A Sabesp anunciou neste mês que uma nova adutora permitirá que o Sistema Rio Grande abasteça alguns bairros da Zona Sul de São Paulo. Com 2,1 km de extensão, ela vai levar água a bairros da região de Pedreira, como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira.

Segundo a Sabesp, o investimento foi de R$ 7,6 milhões. A obra pretende aliviar o Sistema Cantareira, que passa pela pior crise da história. Com o abastecimento de 250 mil pessoas na Zona Sul pelo Rio Grande, a expectativa é gerar uma “sobra” no sistema Guarapiranga, que atendia essas áreas anteriormente. Com isso, o Guarapiranga pode passar a abastecer áreas que recebem água do Cantareira.

O número de pessoas atendidas pelo Sistema Cantareira, que já foi de 9 milhões na Grande São Paulo e estava em 5,6 milhões, agora é de 5,4 milhões.

 

Fonte: G1

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