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Coleta seletiva cai 13% em São Paulo em 2018, aponta levantamento

Foram coletadas 76.907 toneladas de lixo reciclável no ano passado na capital, contra 87.921 toneladas em 2017

A coleta seletiva teve redução de 13% na cidade de São Paulo em 2018, segundo levantamento feito pela Associação das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

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Foram coletadas 76.907 toneladas de lixo reciclável no ano passado na capital, contra 87.921 toneladas em 2017.

A Prefeitura diz que passou a coletar menos porque parte do que ela recolheria acaba indo direto para as mãos de catadores, cooperativas e empresas especializada em juntar garrafas de vidro descartadas em bares da cidade.

Isso apesar de São Paulo ter a maior central de triagem da América Latina, que segue trabalhando com capacidade ociosa.

A Prefeitura também afirma que a crise, que desestimulou o consumo, também afetou a coleta de recicláveis.

Segundo o ambientalista Carlos Bocuhy

O ambientalista Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, rebate. Segundo ele, com índices de reciclagem tão baixos, há material de sobra para todos coletarem e crescerem.

Além do poder público, ele ressalta a responsabilidade da indústria nesse processo. “Se o Estado não cumpre o papel de cobrar o setor produtivo e também de oferecer condições para a população para exercer essa coleta e essa reciclagem, você vai ter uma quebra de todo o processo. Se a população não contribui, também não devolvendo o material para os pontos de coleta e até para a indústria, você vai ter uma quebra. E se a indústria não faz o produto adequado à reciclagem, você também tem uma quebra”, disse.

País

Apenas nove capitais têm índices de reciclagem acima da média nacional de 3%, segundo o último panorama de resíduos sólidos, feito em 2017 pela Associação das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais:

  • Florianópolis: 6%
  • Palmas: 6%
  • Goiânia: 5,7%
  • Porto Alegre: 5,4%
  • João Pessoa: 5%
  • Curitiba: 4,9%
  • Brasília: 4%
  • Recife: 3,56%
  • Maceió: 3,41%

Media nacional 

A capital paulista, que é a maior produtora de resíduos –tanto no volume total quanto na geração per capita– recicla apenas 3% do que coleta. Apesar de estar na média nacional, São Paulo ocupa o 10º lugar no ranking das capitais que mais reciclam.

Segundo o levantamento da Abrelpe, 70% dos municípios têm iniciativas de coleta seletiva. Mas ainda há muitas cidade sem preocupação nenhuma com reciclagem.

Os municípios das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte são os mais carentes dessas iniciativas.

  • 55,2% – Centro-Oeste
  • 49,7% – Nordeste
  • 40% – Norte
  • 12,2% – Sudeste
  • 9,5% – Sul

Já entre as capitais que reciclam menos de 1% do total coletado estão Aracajú, Porto Velho e São Luis.

  • Aracajú: 0,9%
  • Porto Velho: 0,8%
  • São Luís: 0,7%
  • Salvador: 0,5%
  • Belém: 0,4%
  • Rio Branco: 0,4%
  • Terezina: 0,2%

“Nós temos um conjunto de ações para fazer dar certo a gestão de resíduos. Começando com um elemento fundamental que é o cidadão, é a pessoa. Se cidadão não estiver adepto, aberto a participar de um sistema de gestão de resíduos, principalmente de reciclagem, esse sistema não funciona”, disse.

“Por outro lado, precisamos também de recursos para financiar sistema. Muitas vezes a venda do material reciclável não paga custo da logística. E por fim precisamos que esse tema seja uma política efetiva dos governos municipais, estaduais e federal.”

Em nota, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo informou que, de janeiro a junho deste ano, foram colhidas mais de 39 mil toneladas de materiais recicláveis, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: G1

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