Quem decidiu apostar no ramo de água mineral no Brasil pode dizer que encontrou a fonte da riqueza. O setor cresce mais de 10% há cinco anos, com faturamento de R$ 2 bilhões em 2013. E, neste ano, com a Copa do Mundo e a escassez de chuvas, o avanço deve chegar a 30%, mais que o dobro do registrado no ano passado, de 14%.
Segundo o presidente da Abinam (Associação Brasileira da Indústria das Águas Minerais), Carlos Alberto Lancia, por causa do Mundial de futebol, que acontece de 12 de junho a 13 de julho, a previsão inicial era um aumento na produção em torno de 20%. Mas a expectativa agora é ainda maior.
— Em função da escassez de água que ocorreu em alguns Estados, projetamos crescer 30%.
Dados da Abinam mostram que, quando ocorrem períodos de estiagem, que são cíclicos, a cada dez consumidores que trocam a água “torneral” pela mineral, seis permanecem como clientes fiéis do produto.
Porém, mesmo com a seca ajudando nas vendas, Lancia é categórico ao afirmar que o mais importante para esse crescimento é a mudança nos hábitos da população: é a geração saúde abrindo o bolso.
O consumidor está mais esclarecido. (…) As pessoas estão cada vez mais procurando produtos saudáveis e já descobriram que a água mineral não tem tratamento, ao contrário da água da torneira e do filtro. A tendência é que continue crescendo dois dígitos.
Copa do Mundo
Para a Copa do Mundo, o setor aumentou a produção, de olho nos turistas, em especial estrangeiros, que preferem a água mineral. A expectativa é comercializar 800 milhões de litros apenas no entorno dos estádios.
A Água Leve Mogiana, localizada em Ibiritiba Mirim, distante 84 km da capital paulista e que atende à região da Grande São Paulo e litoral, espera que o torneio compense a queda do consumo que normalmente acontece no inverno.
O gerente operacional da empresa, Luis Alfredo Schultz, afirma que o faturamento anual da empresa já está na casa dos milhões e que a concorrência não é um problema.
— Com a entrada das grandes, como a Bonafonte [da marca Danone], o mercado ganha força e a água mineral fica mais vista. Valoriza o preço, fica melhor.
E foi graças ao aumento de produção para atender aos turistas de junho que o setor conseguiu dar conta da repentina demanda neste início de 2014, provocada pelas temperaturas recordes nas cidades brasileiras — em São Paulo chegou a 36°C.
“Contamos com a sorte do crescimento anterior (14% em 2013), mais a perspectiva da Copa. Então, quando começou o verão, a gente já estava preparado para crescer 20%. [Ampliar em] mais 10% não foi difícil”, afirma Lancia, da Abinam.
Fonte e Agradecimentos: R7
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