Skip to content
terça-feira, junho 28, 2022
Últimas Notícias:
  • Uso de geotecnologias na seleção de áreas propícias para implantação de aterro sanitário em Lavras-MG
  • Aegea Saneamento estuda autoprodução de energia a biogás
  • Recém-inaugurada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ribeirão do Lipa em Cuiabá é um investimento da TAE (Tigre Água e Efluentes)
  • Montes Claros/MG fará logística reversa de eletrônicos
  • Saneamento e o marco legal: em que pé estamos, Brasil?
Portal Saneamento Básico

Portal Saneamento Básico

O maior portal de Saneamento Básico da internet!

  • Notícias
    • Abastecimento de Água
    • Drenagem
    • Esgoto
    • Resíduos Sólidos
    • Opinião
    • Outros
  • Acervo Técnico
    • Abastecimento de Água
    • Drenagem
    • Esgoto
    • Resíduos Sólidos
    • Outros
  • Guia de Compras
  • Licitações
  • Vagas
  • Eventos e Cursos
  • Vídeos
  • Mídia Kit
  • Login

Cuidar da água é um dever energético do Brasil

  • Geral
  • dezembro 20, 2013

A construção de grandes centrais hidrelétricas no Brasil coloca governo e empresas em numerosas escaramuças com ambientalistas, indígenas e movimentos sociais. Mas a geradora binacional de Itaipu é uma exceção, onde se pratica a colaboração. Com um conjunto de 65 ações ambientais, sociais e produtivas, o programa Cultivando Água Boa (CAB) é dirigido e apoiado por ativistas. Setores governamentais estudam usá-lo como modelo em outros grandes projetos de infraestrutura, para mitigar impactos e conflitos.

Comparado com o que ocorre nas demais hidrelétricas, “é um avanço”, reconhece Robson Formica, coordenador do Movimento de Afetados por Represas (MAB) no Estado do Paraná, em cujo extremo oeste fica a gigantesca usina energética. A Itaipu Binacional, empresa que opera a hidrelétrica compartilhada por Brasil e Paraguai, decidiu garantir a geração elétrica eficiente no longo prazo, cuidando da baía do rio Paraná para assegurar água em quantidade e com qualidade.
Isso facilita convergências com o ambientalismo. Mais de 80% da eletricidade do Brasil provém dos rios, por isso sua segurança energética depende das chuvas e do melhor aproveitamento possível de suas águas. O CAB de Itaipu foi lançado em 2003, duas décadas após ser enchida a represa de 1.350 quilômetros quadrados (que expulsou milhares de famílias camponesas e indígenas da área) e quando a empresa havia se consolidado como a maior geradora mundial de eletricidade.
Para Formica, essas ações são “importantes, mas limitadas e isoladas”. Além disso, “não estabelecem uma política de desenvolvimento local, nem uma mudança estrutural no território”, ponderou o dirigente do MAB, forte crítico das hidrelétricas e que estima em um milhão as pessoas deslocadas por causa delas no Brasil.

A demanda de que a empresa assuma funções que cabem ao Estado ganhou força diante da proliferação de megaprojetos que transtornam de forma abrupta extensos hábitats. Além disso, leis ambientais tentam impor-lhes o pagamento de compensações, que costumam cobrir omissões dos serviços a cargo do Estado.
No caso de Itaipu, essa exigência se justifica particularmente. Trata-se de uma empresa singular, duplamente estatal e com faturamento de US$ 3,797 bilhões em 2012. Seus domínios, em terras e águas fronteiriças do Brasil e do Paraguai, contêm a gigantesca usina, sua represa, 104 mil hectares de conservação ambiental, a Universidade de Integração Latino-Americana e o Parque Tecnológico de Itaipu.

O programa CAB se estende por toda a bacia do Paraná 3, a área brasileira ao longo dos 170 quilômetros da represa. Inclui 29 municípios, com superfície de 8.339 quilômetros quadrados e um milhão de habitantes. Suas 65 ações incluem desde assistência a indígenas, aquicultura, plantas medicinais e biogás até educação ambiental, em uma aparente dispersão que um eixo central, cuidar da água, interliga em um conjunto concertado.
Dessa forma, no desenvolvimento rural sustentável a prioridade é a agricultura orgânica, para reduzir os pesticidas que contaminam a represa. “Começamos com 186 famílias, hoje são 1.180” as participantes e há cerca de duas mil hortas orgânicas, detalhou Nelton Friedrich, diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu. Também foi criada a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, para proteger os rios dos dejetos de animais. Ao convertê-los em biogás, com o qual gera eletricidade, cria-se outra fonte de renda para os agricultores e evita-se a contaminação das águas.
A bacia, na qual predomina a agricultura familiar, com 26 mil minifúndios, concentra milhões de porcos, aves e bovinos. Seus excrementos, se acumulados na represa, provocariam um excesso de nutrientes, e a consequente proliferação de plantas aquáticas, que, ao apodrecerem, retirariam oxigênio das águas. É o fenômeno da eutrofização, explicou Cícero Bley, superintendente de Energias Renováveis de Itaipu. “A contaminação por resíduos orgânicos é mais comum do que a de agrotóxicos” e em alguns casos obriga que seja feita limpeza permanente nas represas, acrescentou.
A renovação da água na represa demora cerca de 30 dias, o que agrava a preocupação. No rio Madeira, no Estado de Rondônia, onde acabam de entrar em operação as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, bastam dois ou três dias, comparou Domingo Fernandez, pesquisador responsável de fauna itícola em Itaipu. Por isso, o saneamento e o reflorestamento de sua margem são necessidades evidentes para manter produtiva a água da bacia. Dentro do programa CAB foram plantadas mais de 24 milhões de árvores ao redor da represa.

As iniciativas seguem uma metodologia que também é fundamental e que ampliou a atuação para toda a bacia afetada, “porque a natureza se organiza por bacias”, destacou Friedrich. O modelo se fundamenta na responsabilidade compartilhada, envolvendo todos os atores locais, desde órgãos públicos e privados até a sociedade civil e as universidades, e na participação comunitária, em uma espécie de “democracia direta”.
Para isso foram formados comitês gestores nos 29 municípios, que incluem, em média, 57 representantes de variados setores, após numerosas reuniões de sensibilização e discussão dos problemas. Os chamados Pactos das Águas, que são compromissos comunitários assinados com cerimônia, impulsionam o desenho e a execução coletiva de planos e projetos.
Essas iniciativas traçam um bom caminho, mas estão longe de redimir a dívida social de Itaipu, segundo Aluizio Palmar, fundador do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular e ex-secretário de Meio Ambiente e Comunicação de Foz do Iguaçu, município brasileiro onde está instalada a hidrelétrica binacional.

A construção do megaprojeto, entre 1975 e 1983, deslocou famílias camponesas, que muitas vezes careciam de títulos de propriedade para obter indenizações, e multiplicou as favelas e os índices de violência em Foz do Iguaçu, recordou Palmar. As compensações financeiras beneficiam principalmente as prefeituras, que as usam em sedes de luxo e atrações turísticas e quase nada destinam para atender as necessidades da população, lamentou.

De todo modo, o quadro de Itaipu contrasta com o de outras bacias brasileiras, especialmente a do rio São Francisco, cuja revitalização é um clamor nacional e que conta com um incipiente programa, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Cinco grandes hidrelétricas, com potência conjunta de 10.827 megawatts (77% de Itaipu), aproveitam suas cada dia mais escassas águas no interior do nordeste brasileiro.

Seu maior trecho cruza esta região semiárida e, além das secas, o São Francisco sofre sedimentação e contaminação por atividades humanas, como o desmatamento de suas margens, lançamento de esgoto urbano não tratado e vários projetos agrícolas irrigados com suas águas.

Fonte: Mercado Etico

Veja mais: http://www.mercadoetico.com.br/arquivo/cuidar-da-agua-e-um-dever-energetico-do-brasil/

AnteriorAnteriorInquérito no STF passa a ser relatado por Marco Aurélio
PróximoComando da Polícia Militar poupa mais de 1,5 bilhão de litros de água em SantosPróximo

Deixe um comentário Cancelar resposta

Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

Ultrafiltração

Capacitação e Treinamento

Capacitação e Treinamento

Acervo Técnico

Uso de geotecnologias na seleção de áreas propícias para implantação de aterro sanitário em Lavras-MG

2 min de leitura

Este trabalho tem como objetivo utilizar ferramentas de geoprocessamento para a identificação de áreas aptas à construção de aterro sanitário no município de Lavras – MG.

Alternativas de usos sustentáveis para o efluente final e lodo gerados na ETE Insular- Florianópolis/SC

1 min de leitura

Assim, realizou-se um diagnóstico operacional da ETE Insular – Florianópolis/SC, onde constatou-se que são gerados como subprodutos o efluente final e o lodo desaguado, dispostos na Baía Sul e em aterro sanitário, respectivamente.

Vídeos

bf-dias

B&F Dias presente no Fórum de Saneamento e Recuperação Energética

0 min de leitura

Os executivos da empresa, Felipe Medeiros e Pedro Amaral, estiveram presentes no Fórum de Saneamento e Recuperação Energética que aconteceu em abril de 2022 na cidade de São Paulo.

Desidratação de Lodo Pieralisi

Conheça as soluções para secagem e desidratação de lodo de ETA, ETE e ETDI da empresa Pieralisi

1 min de leitura
tequaly

Você já conhece a estrutura da Tequaly?

0 min de leitura
bf-dias

B&F Dias diversifica sua linha de produtos e também é solução para tratamento de água

0 min de leitura

Eventos e Cursos

XIII BENCHMARKING INTERNACIONAL RESÍDUOS SÓLIDOS

O BENCHMARKING acontece em Portugal, com inicio no sábado, 02 de julho, na cidade do Porto e término em Lisboa no sábado, 09 de julho.

Mais informações »

Plano de Negócio – Concessões de Saneamento

Data: 07/07 e 14/07

Este curso visa capacitar interessados em ingressar ou evoluir profissionalmente neste mercado!

Mais informações »

Tratamento de Águas de Abastecimento – Sistemas Convencionais e Técnicas Avançadas

Dias 21, 26 e 28 de julho. Das 08:30 às 18:00

O objetivo do curso é apresentar e discutir os principais processos unitários envolvidos no tratamento de águas de abastecimento, seja utilizando sistemas convencionais.

Mais informações »

Parceiros

Superbac
clean environment brasil
bf-dias
suez
logo-bioproj
aquamec
logo-netzsch
paques-logo-home.jpg
Penetron
DENORA
Conaut

Sobre Nós

Como mostrar o que acontece e o que acontecerá para os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com águas de abastecimento público, esgotos domésticos, resíduos sólidos urbanos, micro e macro drenagem? Quais serão as próximas leis, investimentos e ações que vão impactar sua cidade ou seu negócio?

Continuar lendo…

Anuncie Conosco

Clique Aqui!

Endereço

Alameda dos Jurupis, 1005 – Salas 111 e 112, São Paulo/SP – CEP: 04088-003

Telefone

(11) 3473-1207

Newsletter

 ©2022 Portal Saneamento Básico. Todos os Direitos Reservados.