O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) realiza a troca de milhares de hidrômetros em Uberlândia. As mudanças foram feitas devido à recomendação do Inmetro, que indica que o tempo de uso do aparelho não deve ultrapassar os cinco anos. Mas na cidade, alguns estão instalados há mais de 30 anos, sendo que a maioria das substituções feitas têm mais de 15 anos de uso.
Em 2013 foram trocados 17 mil hidrômetros na cidade. Agora, em 2014, 35 mil vão ser substituídos. O Dmae é quem termina a ordem de troca dos aparelhos e a prioridade no momento, segundo o departamento, é a troca daqueles que têm mais de 14 anos de funcionamento.
De acordo com o encanador Ernane de Souza Gonçalves, os medidores perdem a precisão com o tempo. “Os antigos não têm precisão como um novo, que tem 100% de precisão. O que estamos instalando agora é magnético, e o antigo facilita a entrada de ar”, explicou.
O custo da troca do medidor vem na conta mensal. Na fatura é discriminado como conservação de hidrômetro. Por mês, o consumidor paga R$ 3,60 e, em um ano, o valor representa R$ 43,20.
Agora, os consumidores ficam na expectativa para que a conta venha mais barata com a troca. “Vai marcar o que realmente a gente gasta. Porque esses antigos devem estar ultrapassados”, afirmou a dona de casa Iolanda Freitas Botelho. “O hidrômetro daqui de casa acho que nunca foi trocado. Minha expectativa é de que a conta abaixe”, disse a também dona de casa Francisca Pereira de Aquino.
Mas de acordo com o diretor geral do Dmae, Orlando Resende, a troca de medidores pode também ter o efeito contrário do que esperam os consumidores. “Ele vai ter a medição mais correta possível, porque um hidrômetro antigo, impreciso, tanto pode medir contra o consumidor, como à favor dele. O correto é ele saber e pagar corretamente o que está consumindo”, ressaltou.
Antes da substituição, os novos medidores passam por uma bancada no laboratório de hidrometria do Dmae, onde se verifica a vazão em que operam. O teste, além do que é feito pelo Inmetro, serve para saber se os aparelhos estão dentro dos padrões.
Após a instalação dos hidrômetros, os técnicos lacram o medidor para evitar fraudes. A troca faz parte de uma política de combate ao desperdício. “Nós temos uma média de 30% de perdas, sendo 10% nos vazamentos nas ruas, 10% de ligações clandestinas, onde nós estamos intensificando a fiscalização e a medição incorreta, que é nossa obrigação manter o parque de hidrômetros nosso com média de mais ou menos 5 anos de idade”, analisou o diretor geral do Dmae.
Fonte: G1
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