O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (13), que receberá um estudo da Sabesp ainda hoje para verificar a possibilidade de utilização de 400 milhões de metros cúbicos de água do sistema Cantareira, que não são utilizados normalmente. “Vamos ver quando custa a sucção, bombeamento, bombas, equipamentos e a viabilidade.”
Questionado sobre a possibilidade de redução de vazão no Sistema Cantareira e mais medidas de restrição de consumo, o governador disse que é preciso aguardar o relatório da Sabesp. “Não tem nenhum fato novo. O que temos é uma boa resposta da população com o bônus, há uso racional da água, todos economizando ajuda a não falta água.”
O governador esquivou-se de responder possíveis alterações no plano de investimento da empresa e também sobre possíveis mudanças em sua distribuição de dividendos. Perguntado pelo Broadcast se a política de bônus e esses novos investimentos previstos para evitar o racionamento não poderiam impactar no desempenho da companhia, o governador voltou a afirmar que “a Sabesp é uma boa empresa”.
“[A Sabesp] é uma das maiores de saneamento do mundo, uma empresa eficiente, rentável.”
Em evento na quarta-feira (12), Alckmin já havia informado que o governo estadual, que é o maior acionista da companhia, não pretende fazer aportes na empresa, pois ela é “uma empresa lucrativa”, disse.
O governador disse ainda que gostaria de “destacar investimentos”. Segundo Alckmin, o governo já assinou uma PPP (Parceria Público-Privada) de um novo sistema de água para segurança da região metropolitana, que é o sistema de produção do rio São Lourenço.
“Em quatro anos, o setor privado nos aportará cinco metros cúbicos por segundo de água tratada em São Paulo do sistema do São Lourenço.”
Segundo Alckmin, essa é uma das medidas que trarão segurança de abastecimento para região metropolitana.
“É raro no mundo você ter 22 milhões de pessoas, a 700 metros de altitude. Então aqui não tem água, a gente vai buscar água muito longe.”
Ele destacou que Cantareira fica no Estado de Minas Gerais.
“Não chove em Minas e você tem problema aqui.”
O governador não deu um novo prazo para garantir que não haja racionamento de água. Anteriormente, Alckmin havia afirmado que até o dia 15, o estado estaria livre de racionamento. Ele voltou a reforçar que o problema atual “é localizado no Cantareira”. Na terça-feira (11), o volume de água do sistema caiu para 19,4% da capacidade, o nível mais baixo da história.
Fonte: R7
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