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(CE) Governo inaugura adutoras em áreas mais críticas

A situação atual dos reservatórios e dos sistemas de abastecimento de água de cidades e localidades do Ceará é considerada muito crítica e exige dos moradores, o uso racional do recurso hídrico, e do governo, ações emergenciais para assegurar o fornecimento d´água às famílias. Doze adutoras de engate rápido estão em implantação no Interior.

Ontem, foram inauguradas mais duas adutoras, em Milhã e Acopiara. O investimento chega R$ 6 milhões. A primeira reforçará o abastecimento para os 13 mil habitantes da área urbana.

O governo do Estado já inaugurou cinco adutoras emergenciais. Ontem, foram duas, nas cidades de Milhã e de Acopiara, na região Centro-Sul do Ceará. O investimento nas duas obras chega R$ 6 milhões. A primeira vai reforçar o abastecimento de água para os 13 mil habitantes da área urbana. O custo da obra é de R$ 695 mil.

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A segunda adutora emergencial, em Acopiara, custou R$ 5,46 milhões e beneficiará 25 mil habitantes da sede urbana. Tem extensão de 25km. A captação da água é feita no Açude Trussu, localizado no município de Iguatu, na Bacia do Alto Jaguaribe. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), da Secretaria dos Recursos Hídricos, é o órgão responsável pelas obras.

Em doze cidades, o governo do Estado implanta adutoras emergenciais de engate rápido: Crateús, Tauá, Antonina do Norte, Beberibe, Paracuru, Pecém, Coreaú, Moraújo, Acopiara, Milhã, Ipaumirim e Caridade. O esforço é para assegurar o fornecimento de água aos moradores das sedes urbanas.

O sistema de abastecimento de água da cidade de Acopiara é operacionalizado pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Na semana passada, os testes de funcionamento do sistema de transferência de água foram realizados com sucesso. “A adutora do Trussu vai evitar o colapso no fornecimento de água da cidade“, frisou o prefeito do município, Vilmar Félix. “Agradeço o esforço do governo“,destacou.

Os moradores de Acopiara viveram ontem um dia de festa. Há mais de duas décadas que a população local enfrenta escassez de água, quando ocorre um ano de estiagem.

A barragem Tibúrcio Soares acumula reduzido volume de água e periodicamente há necessidade de operação de sistema de transferência de água de açude particular (Raimundo Morais) para o sistema local de abastecimento.

Volume morto
Depois de dois anos seguidos de seca, a barragem está com volume morto e a transferência de água de reservatório particular só é possível até o fim deste mês. “Corríamos risco de colapso total no fornecimento de água“, destacou Vilmar Félix. “O problema da falta d´água agora está contornado com a conclusão desta tão sonhada obra

A adutora do Açude Trussu para Acopiara é um sonho da população havia duas décadas. Por sua importância, é considerada a ´obra do século´. Há um projeto de construção de uma adutora definitiva com recursos da Fundação Nacional de Saúde (FNS). Parte da obra chegou a ser executada, cerca de 40%, mas devido a denúncias de irregularidade, a obra acabou sendo paralisada.

O Ministério Público Federal apontou desvio de recursos públicos, está investigando a obra e pede a devolução aos cofres públicos de R$ 2 milhões, que teriam sido gastos irregularmente, na gestão municipal anterior“, disse o vereador, Lindomar Rodrigues. “Foram gastos na obra R$ 13 milhões, mas infelizmente o serviço não foi concluído e a população sofre as consequências do mau uso do dinheiro público“.

Na próxima semana, será inaugurada a adutora de Tauá, cidade localizada na região dos Inhamuns que também corre risco de desabastecimento. O açude Trici secou e a alternativa é fazer a transferência de água do Açude Favelas. Na prática, o sistema já está funcionando.

O diretor de Operações da Cagece, Josineto Araújo, disse que este ano é um dos mais graves de desabastecimento em três décadas. “Em 32 anos de trabalho na Companhia não me lembro de uma crise tão acentuada como essa que estamos atravessando“, frisou. “Estamos administrando o quadro e reduzimos os efeitos da seca“, diz Araújo.

Mapeamento
Ricardo Adeodato, diretor de operações da Cogerh explicou que o quadro de abastecimento de água é mapeado periodicamente e as ações estratégicas definidas a cada semana. “A situação é muito crítica, mas as ações estão em curso, o governo já construiu sete reservatórios, perfurou centenas de poços e está implantando adutoras“, disse. Adeodato apelou para que a população contribua, economizando água. “É preciso que os moradores evitem o desperdício de água”, afirmou.

Todas as semanas, técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Sohidra e Defesa Civil fazem reunião de monitoramento dos dados de volume de açudes e poços e definem obras a serem executadas para minorar os efeitos da estiagem.

Fonte: Diário do Nordeste
Veja mais: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1347995

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