saneamento basico

Dez municípios do AM vão receber R$ 170 milhões para saneamento básico

Apoio técnico da Ciama na elaboração de projetos destrava recursos da Funasa para tratamento de água no interior.

Dez municípios do interior do Amazonas estão aptos a receber ações de ampliação, melhoria ou implantação de novas estações de tratamento de água. Trabalho da Companhia de Desenvolvimento do Amazonas (Ciama) vai viabilizar a liberação de R$ 170 milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) destinados ao saneamento básico no interior que estavam travados no órgão desde 2016 por falta de projetos adequados de infraestrutura e/ou pendências documentais. A equipe técnica da Ciama prestou assistência nesse sentido e parte dos novos projetos foi entregue a prefeitos, ontem, em solenidade na sede do governo, na Compensa, Zona Oeste de Manaus.

Os municípios de Benjamin Constant, Itapiranga, Maraã, Tabatinga e Juruá receberam projetos completos de implantação de estações de tratamentos de água elaborados pela Ciama, que, juntos, somam R$ 11 milhões em investimento. Já os municípios de Alvarães, Anamã, Anori, Beruri e Caapiranga tiveram os seus projetos atualizados pela companhia para, assim, poderem receber R$ 23 milhões.

De acordo com o superintendente regional da Funasa, Wenderson Monteiro, nessa primeira etapa estão sendo priorizados os projetos de tratamento de água. “Todos os municípios do interior precisam de tratamento de água, esgoto e resíduo. Estamos priorizando a água por ser a necessidade mais urgente. Uma situação que acontece muito nesses lugares distantes é o pescador tirar o peixe de uma água boa e prepará-lo numa água ruim, por exemplo. Em parceria com o governo estadual e os municípios, estamos mapeando as comunidades onde há essa necessidade para levarmos esses projetos”, disse.

Leia também: Funasa diz que não existe água potável no interior de Amazonas

Projetos e Investimentos

Para o governador Wilson Lima, os projetos que viabilizam o acesso à água potável são, também, um investimento na saúde pública. “Possibilitar que as pessoas do interior tenham acesso à água potável é assegurar que elas não fiquem doentes por beber água contaminada. Temos a maior reserva de água doce do planeta. Não podemos admitir que a população do Amazonas tenha dificuldade em ter água própria para consumo”, disse.

Uma das cidades beneficiadas nessa primeira etapa de projetos foi Benjamin Constant. De acordo com o prefeito do município, David Bemerguy, haverá uma revitalização do tratamento de água e expansão de rede na cidade. “A nossa demanda de tratamento [de água] está defasada e um pouco comprometida. Temos três bairros na área urbana que não recebem água tratada e que serão contempladas com esse projeto. Há muitas comunidades que ainda obtém água de grutas sem as mínimas condições de consumo e esperamos melhorar a vida dessas famílias”, disse.

Só 7,3% do esgoto é coletado no Amazonas

Conforme o Plano Nacional de Saneamento Básico,  31% da população do Norte supre a sua necessidade de água de forma inadequada. O Amazonas tem o 3º maior déficit de coleta de esgoto do Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em 2018. Com 7,3% dos dejetos coletados, o Estado fica atrás apenas de Rondônia e do Amapá.

Apoio técnico é fundamental para os projetos

Segundo a Ciama, os projetos não são simples de serem executados. É necessário o deslocamento de engenheiros até essas comunidades (muitas vezes distante das áreas urbanas) para que um levantamento preciso do lugar seja feito, como o mapeamento de cada residência, a elaboração de um plano de controle ambiental, além de um projeto técnico exigido pela Funasa.

R$ 170 milhões disponíveis até 2020

A Ciama já trabalha na segunda fase de consultoria aos municípios que devem receber os recursos da Funasa para saneamento básico.  Até o fim desse ano, os municípios de Amaturá, Autazes, Boca do Acre, Tapauá, Uarini, Urucará, Urucurituba, Novo Airão, Novo Aripuanã, Nhamundá, Santo Antônio de Içá e São Paulo de Olivença também receberão projetos prontos oriundos da companhia que englobam ou ampliação, melhoria ou implantação de estações de tratamento de água que, juntos, custarão R$ 29 milhões.  Juntando as duas etapas, cerca de R$ 63 milhões serão aplicados nesses projetos até dezembro desse ano.

A expectativa do governo estadual é até dezembro de 2020 aproveitar por completo a verba de R$ 170 milhões que estava “travada” na Funasa para o desenvolvimento de projetos de abastecimento de água e tratamento de esgoto nos municípios do interior do Amazonas.

Fonte: A critíca.

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