A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), divulgou nesta quinta-feira (15) balanço sobre a campanha de economia de água no ABC.
Desde o início de abril, os consumidores da região metropolitana atendidos pela companhia passaram a ter direito a um desconto na conta, como forma de incentivo à redução do consumo.
De acordo com a Sabesp, cerca de 35% dos clientes da empresa no ABC conseguiram reduzir o uso da água em 20% em maio, e terão desconto de 30% na conta de junho.
Aproximadamente 40% dos consumidores da região conseguiram reduzir o consumo, mas não alcançaram a meta e não vão receber o benefício no mês que vem.
“Com certeza esses 40% vão nesse próximo mês reduzir mais um pouco o consumo e alcançar a meta“, espera o superintendente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.
O desconto é oferecido aos moradores das quatro cidades da região atendidas pela companhia estadual: São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Santo André é a única cidade do ABC que, mesmo não sendo atendida pela Sabesp, oferece o mesmo desconto de 30% na conta de quem economizar.
Volume morto no ABC
Os munícipes de São Caetano começarão a receber em breve a água do volume morto do Cantareira, que começou a ser retirada nesta quinta-feira (15). A cidade é a mais vulnerável do ABC na crise hídrica que atinge a região metropolitana, porque depende integralmente dos reservatórios do sistema, que está a cada dia mais seco.
O Cantareira bateu nesta quinta mais uma marca histórica negativa: chegou ao nível de 8,2% da capacidade total. A Sabesp garante que os moradores de São Caetano podem ficar tranqüilos no que diz respeito à qualidade da água.
“Essa água é de total qualidade, não tem nenhum parâmetro fora da portaria do Ministério da Saúde. Essa água foi testada pela Sabesp e pela Cetesb, e é totalmente boa para consumo. Não tem problema nenhum“, afirma o superintendente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.
Maior reservatório da região metropolitana, o sistema Cantareira atende cerca de 8,1 milhões de pessoas em municípios como São Caetano, Osasco, Carapicuíba e Guarulhos, além de diversos bairros das Zonas Norte, Leste, Oeste e Centro da Capital.
Sabesp promete levar água para Sítio Joaninha
Região que mais sofre com o abastecimento em Diadema, o Sítio Joaninha vai passar por obras que prometem resolver de forma definitiva o problema. A Prefeitura e a Sabesp anunciaram nesta quinta-feira que começarão a ser construídas no dia 8 de junho as tubulações que levarão água para o bairro.
Hoje os moradores dependem quase que integralmente de caminhões-pipa para receber água – sem contar os “gatos” feitos por alguns moradores. Os veículos passam a cada uma semana, em média.
“Na parte mais alta da cidade é muito difícil para chegar o caminhão-pipa, principalmente quando chove. Teve situação que chegamos a esperar 30 dias pela água“, conta a líder comunitária Clarice Pita dos Santos.
Como ainda não há ligações de água no bairro – apesar de as moradias estarem no local há décadas -, os moradores pagam somente a conta de energia elétrica.
A companhia estadual assumiu o serviço de saneamento na cidade em 31 de março, no lugar da Saned.
Prazo
A promessa da Sabesp é que tudo esteja pronto ainda neste ano. “Provavelmente 90 dias após o início das obras o sistema vai estar preparado e vamos começar a fazer as ligações e as individualizações para que, antes do Natal, todo mundo tenha sua água ligada“, promete o superintendente da unidade de negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.
Serão instalados cerca de 5 mil metros de distribuição de água, que vão beneficiar todos os imóveis do Sítio Joaninha. Será instalada ainda uma estação de bombeamento para permitir o abastecimento de locais mais altos do bairro. A Sabesp prevê investir R$ 1,2 milhão para realizar a obra.
Outra intervenção em curso na cidade é a finalização da adutora Nações/Parque Real, que vai reduzir os problemas de intermitência de abastecimento em outros bairros de Diadema. As obras devem terminar em julho.
O prefeito de Diadema prometeu levar outras melhoras para o Sítio Joaninha. “Está faltando a Caixa liberar recursos para dar início às obras de urbanização no bairro. As intervenções devem durar 18 meses“, explica Lauro Michels.
Fonte: Repórter Diário
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