Biorremediação
Aliança vai impulsionar oportunidades em projetos que demandem a aplicação de produtos da Superbac
A Superbac agora conta com mais uma poderosa aliada para o fornecimento de produtos para tratamento de áreas contaminadas: a Clean Environment Brasil, uma das principais fornecedoras de tecnologias e equipamentos do segmento.
“A Clean já atende a grande maioria das consultorias aqui no Brasil e no mundo e, por isso, consegue ter uma força de venda muito melhor no segmento”, assinala Monique Zorzim,Gerente de Novos Negócios da Superbac.
Saiba mais sobre biorremediação
Nos últimos anos, a poluição ambiental tem chegado a níveis cada vez mais críticos, especialmente devido ao crescimento populacional, ao uso intensivo de químicos e aos métodos inadequados ou insuficientes de tratamento de efluentes. Nesse contexto, a biorremediação in situ e ex situ se tornou uma solução eficaz na recuperação de áreas contaminadas.
O que é biorremediação?
A biorremediação, remediação biológica, é a utilização de seres vivos ou seus componentes no processo de recuperação de áreas contaminadas. Dessa forma, trata-se de um processo natural, no qual organismos vivos são introduzidos no ambiente para remediar ou mesmo eliminar toda a contaminação. Dentro desse cenário, fungos, plantas, microrganismos e até algas verdes — selecionados conforme o tipo de contaminante — são usados para reduzir o tempo de decomposição dos resíduos. É uma técnica com grande potencial de renovar ecossistemas, sem gerar uma poluição secundária, ou ao menos reduzindo essa possibilidade. Vale ressaltar que essa é uma prática totalmente segura, afinal, trata-se de uma interação biológica com o meio, sem a introdução de produtos químicos.
Como a técnica auxilia a recuperação da natureza?
A biorremediação pode ser utilizada em locais onde ocorreram desastres ambientais, como derramamento de petróleo no mar, vazamento de combustíveis, de esgoto ou de outras substâncias nocivas originadas de resíduos e efluentes industriais em solo, águas subterrâneas, rios, lagos, mar, aterros, entre outros. Essas substâncias podem atingir tanto o solo como águas superficiais e subterrâneas. A técnica consegue degradar compostos químicos e biológicos por meio de processos naturais. Isso é possível porque os microrganismos introduzidos no ambiente metabolizam os resíduos tóxicos, transformando-os em outras moléculas. Na prática, esses seres utilizam esses contaminantes para gerar energia, ou seja, para se alimentar.
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Com essa estratégia, é possível reduzir drasticamente os contaminantes da área, garantindo maior segurança ambiental e minimizando os impactos negativos das atividades humanas na natureza. Para iniciar com o processo de biorremediação, é necessário seguir estes quatro passos:
- avaliar o tipo de composto contaminante;
- caracterizar a contaminação;
- planejar o tipo de biorremediação;
- decidir pelos modelos in situ ou ex situ.
Quais são as diferenças entre biorremediação in situ e ex situ?
Fazer uma distinção de biorremediação in situ e ex situ é bastante simples, pois o conceito está ligado basicamente ao local onde o tratamento é realizado.
In situ
O material contaminado é tratado no próprio local. Dessa forma, não há necessidade de coletar e transportá-lo para outro lugar. Por isso, esse tipo de remediação biológica apresenta um custo menor e dá a possibilidade de cuidar de áreas maiores. Entre as principais técnicas de biorremediação in situ, destacam-se:
atenuação natural: também é conhecida como biorremediação intrínseca ou passiva. Nesse caso, a recuperação da área ocorre mais lentamente, e o monitoramento precisa ser feito por mais tempo para uma solução excelente;
bioestimulação: a atividade dos organismos vivos é incitada por introduzir nutrientes inorgânicos e orgânicos na área;
landfarming: resumidamente, consiste na inserção de resíduo oleoso com carbono orgânico concentrado na superfície do solo contaminado para promover a biodegradação dos diferentes constituintes do petróleo;
fitorremediação: a palavra fito (phyto) vem do grego e significa plantas. Nessa técnica, são elas que protagonizam a ação de estimular a atividade de pequenos seres vivos responsáveis por degradar os poluentes — que, nesse caso, geralmente são metais pesados, como zinco, magnésio e cobre (em rejeitos de minério);
bioaumentação: é opção para áreas com alto grau de deterioração, uma vez que se otimiza o poder de degradação por aumentar a população de organismos específicos. Muitas vezes, esse termo também é utilizado como sinônimo de biorremediação.
Ex situ
Já a técnica realizada ex situ necessita que o material seja levado para um local diferente. Normalmente é a melhor escolha em um cenário de alto potencial de propagação da contaminação. Entre as diferentes técnicas, destacam-se:
compostagem: o solo é retirado do local original e disposto em pilhas. Nesse caso, os organismos inseridos/presentes nele serão responsáveis por metabolizar os poluentes, transformando-os em água H²O, matéria orgânica e gás carbônico (CO²);
biorreatores: após a peneiração, o solo é misturado com água em um reator normalmente vertical (tanques). Forma-se uma lama com cerca de 10 a 40% de partículas em suspensão. Por esse motivo, é mais indicado para solos com partículas finas.
Como a biorremediação pode interagir com a agricultura?
Os resíduos de fertilizantes químicos remanescentes das operações em lavouras ao longo do tempo impactam de forma negativa as reservas naturais. Além da degradação do solo, a fauna também sofre, de modo que populações inteiras de diversas espécies podem simplesmente desaparecer. Alguns dos métodos selecionados para a descontaminação podem ser de alto custo e trazer ainda outros problemas, como a incineração de resíduos que liberam gases perigosos à saúde.
Nesse contexto, a biorremediação vem em auxílio do produtor rural com técnicas capazes de eliminar esses resíduos por meio da ação de organismos vivos, sendo que a biodegradação é uma das formas mais eficazes de destruir essas moléculas do ambiente. Uma das técnicas adotadas para a recuperação de áreas agrícolas é a fitorremediação, que é capaz de conter o avanço da contaminação e reduzir a quantidade de moléculas poluentes no ambiente.
Algumas das variedades utilizadas nesse processo são alfafa, azevém, kochia sp. e painço. A biorremediação in situ e ex situ são alternativas importantes na recuperação de áreas degradadas pela ação humana. Esse conjunto seguro de técnicas avançadas garante a preservação dos recursos naturais e pode contribuir para o aumento da produtividade em terras agrícolas.
Sobre a Superbac
Fundada em 1995, a Superbac é pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia e detentora da mais moderna biofábrica da América Latina, onde atuam mais de 70 pesquisadores. Líder em bioinovação e referência na substituição de processos produtivos, ela é provedora de soluções sustentáveis e economicamente viáveis, formulando blends específicos de microrganismos e potencializando seus efeitos para solucionar demandas nos mais diferentes segmentos, como: agricultura, saneamento, óleo & gás, bens de consumo, farmacêutico, cosméticos e alimentação humana e animal.
Fonte: Superbac