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BNDES fecha a torneira

O BNDES anunciou medidas reduzindo o escopo e os volumes máximos dos seus empréstimos nesta terça-feira, 23, que somam ao aumento da taxa de juros anunciadas dias atrás como medidas para diminuir o custo de operação do banco estatal de fomento.

Os empréstimos cobrados 100% com juros subsidiados por meio da TJLP (que, aliás, passará de 5% para 5,5% em janeiro) ficarão restritos a projetos considerados prioritários em inovação, infraestrutura, energias renováveis, transporte público de massa, transporte hidroviário e ferroviário, saneamento e melhoria da gestão pública.

A participação máxima do financiamento do BNDES a um projeto cai de 90% para 70% do total investido. Projetos até hoje corriqueiramente financiados pelo banco, como na área de indústria pesada (bens de capital, eletroeletrônica) poderão ter no máximo 50% de recursos do BNDES.

O objetivo é diminuir o custo de manter a torneira aberta para o governo federal, estimado em R$ 30 bilhões para 2014.

O rombo é produto do aumento da dependência do dinheiro do Tesouro Nacional para bancar os empréstimos.

A participação do Tesourou na estrutura de capital do banco passou de 7,5% em 2007 para 52,8% no primeiro semestre. O restante vem de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, custeado com verbas oriundas do PIS-Pasep.

Ao todo, o BNDES emprestou R$ 190,4 bilhões em 2014.

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