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Inadimplência impede investimentos na rede de água em Chavantes

Moradores de Chavantes (SP) estão enfrentando deficiências no abastecimento de água na cidade. Os medidores parados se tornaram comuns nos últimos dois meses após a queima de uma bomba de um poço. Por isso, os consumidores enfrentam racionamento. Segundo o Serviço de Água e Esgoto de Chavantes (Saec), renovar toda rede de água é o principal desafio. No entanto, dívidas e inadimplência de consumidores têm atrasado ainda mais a solução para o problema.

A rede de água é antiga e deficitária e autarquia não tem recursos para investir. “Temos que ter um projeto na mão desenvolvido para que a gente possa trocar a tubulação de toda a cidade. É possível fazer pela Saec, mas não temos o recebimento a contento. Além disso, tivemos uma inadimplência de 72%. Também temos uma dívida ativa que vem acarretando de 2009 para cá, desde a criação da Saec, de quase R$ 1 milhão. Então, enquanto a Saec não receber esse dinheiro não é possível a gente fazer troca de rede”, informou o superintendente da autarquia, Alexandre de Souza.

A falta de água dos últimos meses é decorrente da baixa potência do sistema de bombeamento desde que a bomba principal queimou. O fornecimento de água é suspenso nos momentos do dia de menor consumo para que os cinco reservatórios da cidade sejam reabastecidos e, o sistema, religado no fim da tarde, no horário de maior consumo. O Saec informou que uma nova bomba já foi comprada e será instalada.

De acordo ainda com a autarquia, a bomba estaria consertada até o final da tarde de quarta-feira (30) e, o abastecimento, normalizado a partir desta quinta-feira (1º). Quanto aos inadimplentes, a autarquia informou que está notificando os devedores em relação às contas deste ano e que os débitos já inscritos na dívida ativa serão executados. E avisou também que esses devedores ainda têm chance de pagar as dívidas antigas e de forma parcelada antes de serem cobrados judicialmente.

Mas para quem paga a conta em dia, a revolta é grande. “Lá pelas 13h a água é cortada e fica até as 18h sem água. Chega às 21h eles cortam de novo e depois volta às 4h30. Fica um bom tempo sem cortar na parte da manhã e na hora do almoço de novo. Eles passam na rua agradecendo o povo pela compreensão. E a água?”, afirmou a trabalhadora rural, Priscila Alvarenga.

Na casa da irmã de Priscila, a mesma situação. “A situação está crítica. A gente não está podendo nem trabalhar mais porque não tem nem como lavar roupa de serviço”, disse Janaina Alvarenga.

As duas moram no centro da cidade, mas o problema atinge outros pontos. Rosana Lopes mora na no bairro Cohab e não tem água nem para usar o chuveiro. “Não tem água e conta para pagar tem. E bastante”, contou.

No bairro Três Cantos também não tem água. A dona de casa Rosana Pace não consegue lavar as garrafas usadas de pet em um trabalho de reciclagem. “A gente reutiliza as garrafas para utilizar com produtos de limpeza. A gente lava, faz lavagem e para ir colocar produto de limpeza para a venda. Mas com a falta de água está atrapalhando porque não tem como lavar as garrafas. E atrasa a produção. E também tem que usar água para lavar roupa, tomar banho”.

Fonte: G1
Veja mais: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2014/05/inadimplencia-impede-investimentos-na-rede-de-agua-em-chavantes.html

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