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Investimentos na bacia do Rio Jundiaí/SP são apresentados em seminário

Evento, realizado na Câmara de Vereadores de Jundiaí / SP, fez parte das comemorações dos aniversários de instalação dos três colegiados que formam os Comitês PCJ

Os investimentos nos recursos hídricos de Jundiaí / SP e nas cidades da região resultam na melhoria no abastecimento e na qualidade de vida das populações. Os planos e resultados foram apresentados durante o seminário “Conquistas e Desafios da Bacia do Rio Jundiaí”, realizado no dia 06 / 12 / 2018, na Câmara de Vereadores, para comemorar os 25 anos de instalação do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), os 15 anos do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí ( PCJ FEDERAL ) e os 10 anos do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari ( CBH-PJ1 ).

De acordo com Elaine Franco de Campos, coordenadora de Projetos da Agência das Bacias PCJ, a empresa que será responsável pelo Plano Diretor de Macrodrenagem de toda a bacia do rio Jundiaí deverá apresentar, entre outras, propostas de implantação de ações estruturais e não estruturais para controle de cheias, a curto e longo prazos.

Abordando o tema “Ações e desdobramentos do plano de macrodrenagem da Bacia do Rio Jundiaí”, a coordenadora disse que é necessária a participação de representantes da sociedade civil dos 11 municípios que compõem a bacia do rio Jundiaí para ajudar nas decisões.

Na palestra “Conquistas e próximos passos sobre a alteração da classe de qualidade do Rio Jundiaí”, Domenico Tremaroli, gerente da Cetesb de Campinas, mostrou que a luta pelos recursos hídricos não deve ser restrita a poucas pessoas e envolve objetivos e trabalho incansável. O saldo positivo é consequência de ideias e planejamentos conjuntos.

“Há 35 anos nos reunimos nesta Câmara de Vereadores visando a recuperação do rio Jundiaí”, lembrou, ao apresentar em gráficos a evolução de um projeto que virou realidade. As implementações classificam a bacia do rio Jundiaí como a primeira do país a ser despoluída.  “Agora, nosso desafio é manter o enquadramento da nova classe”, disse. A aprovação de mudança de classe do rio Jundiaí ocorreu em 2017 pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos. Com 128 km de extensão, o manancial nasce em Mairiporã e passa pelas cidades de Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, Itupeva, Indaiatuba e Salto, desembocando depois no Rio Tietê.

As comemorações seguiram com a palestra “Segurança hídrica em Jundiaí”, ministrada por Eduardo Pereira da Silva, diretor Superintendente Técnico Administrativo da DAE S/A. Ao completar 107 anos no próximo dia 14, a cidade ganhará mais um presente: a ampliação do vertedouro, que ampliará a reserva em mais um bilhão de litros de água. Com este serviço, executado junto com a Prefeitura Municipal, a cidade poderá contar com o armazenamento de 9,3 bilhões de litros de água no reservatório do Parque da Cidade.

Outros programas

O diretor ainda apresentou outros programas implantados ou sendo executados que beneficiarão a população, em especial de bairros mais distantes. As obras também preveem a construção de novas represas para aumento da disponibilidade na região que mais cresce na cidade e ao setor industrial. Para falar dos “Avanços e Desafios da Gestão dos Recursos Hídricos no setor Industrial”,  Jorge Rocco, gerente de Meio Ambiente do Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), reforçou a importância dos Comitês PCJ “continuarem com olhar sobre o novo enquadramento do rio Jundiaí e a garantia de aportes financeiros para a manutenção, visando a meta até 2035: “Na Bacia do PCJ houve redução de 47 % na demanda de água da indústria de 14,56 m³/s em 2007, para 7,71 m³/s em 2012, mesmo com o crescimento do setor industrial na região”, anunciou.

Rocco informou que a Ciesp está protegendo o meio ambiente com várias ações. Uma delas é a logística reversa de embalagens, a fim de viabilizar o cumprimento das exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Trata-se de solução da indústria e do setor da reciclagem para a adequação às regulamentações com responsabilidade socioambiental.  Em sua exposição, Alessandro Mazzola, presidente da Associação dos Engenheiros de Jundiaí, falou sobre a “AEJ, história e perspectiva no PCJ”. O trabalho da entidade em prol do rio Jundiaí faz parte de iniciativas que ultrapassam os 25 anos dos Comitês PCJ.

Vale destacar a participação do vereador da Câmara Municipal de Jundiaí, Cristiano Lopes, que comentou sobre a importância da fiscalização da lei do Projeto Nascentes de Jundiaí: “As ações estão avançadas, inclusive na zona rural”, disse. Lopes enalteceu o trabalho dos vereadores em prol da água, com programas que já foram aprovados.

No encerramento, Luiz Roberto Moretti, secretário-executivo dos Comitês da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ e PCJ FEDERAL), destacou que o mais importante nestes 25 anos “é melhorar a qualidade de vida das populações”. Representando o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, presidente do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL, Moretti consolidou o lema “Somos PCJ”, para reafirmar que o trabalho deve continuar em conjunto para ter resultados positivos.

Sobre o comitês

Os três colegiados que formam os Comitês PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ), Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ FEDERAL) e o Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba-Jaguari (CBH-PJ1) — são instâncias para a tomada de decisões sobre a gestão de recursos hídricos nas Bacias PCJ, com diretorias integradas. O prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, é o atual presidente do CBH-PCJ e do PCJ FEDERAL, enquanto José Maria do Couto, representante do Sindicato de Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Cambuí, Camanducaia, Extrema e Itapeva, é o presidente do CBH-PJ1.

A região das Bacias PCJ possui aproximadamente 5,7 milhões de habitantes e responde por cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 14% do PIB de São Paulo. Os Comitês PCJ abrangem 76 municípios (71 paulistas e cinco mineiros) e são compostos por representantes dos Governos Federal, dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, dos municípios, usuários dos recursos hídricos e da sociedade civil.

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