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Térmicas planejam investir R$ 1 bi no Oeste

Campeã em novos projetos para a geração de energia limpa, a partir da matriz eólica e com um futuro promissor em energia solar, a Bahia avança na produção de biomassa. A cidade de São Desidério, no Oeste baiano, vai receber até 2020 quase R$ 1 bilhão em dois investimentos para a geração à base de cavaco de eucalipto em dois projetos da empresa Bolt Energia.

O mais recente é o da Usina Bolbah, estimado em R$ 227 milhões para produzir 50 magawatts de energia elétrica – o suficiente para o abastecimento de 50 mil casas. Na fase de instalação, está prevista a criação de 150 novos postos de trabalho e depois, na fase de operação, serão criados 90 empregos diretos.

A operação começa em 2020. O primeiro projeto anunciado pela Bolt na região foi o da Usina Campo Grande, vencedora do leilão de energia do tipo A-5 em agosto de 2013, que terá capacidade instalada de 150 magawatts, com início do suprimento de energia previsto para 2018. O investimento deste empreendimento é R$ 771 milhões, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

As obras das linhas de transmissão que vão ligar as usinas ao sistema interligado nacional já foram aprovadas e devem iniciar no segundo semestre deste ano. “A instalação das usinas em São Desidério indicam a consolidação da Bahia como um dos Estado de vanguarda na geração de energia através de fontes renováveis”, destaca o atual secretário de Desenvolvimento, Paulo Guimarães.

Fornecimento em dúvida

Se na geração de energia as boas notícias são certezas, em relação ao fornecimento, ao menos para as indústrias eletrointensivas – que têm na eletricidade importante custo de produção – permanecem as incertezas. O tempo vai passando, faltam pouco mais de 40 dias, e o processo segue em banho maria. Avançou-se na definição do fundo de investimento em energia renovável, com recursos públicos e privados – uma exigência do governo. Mas o preço que o governo federal quer cobrar pela energia fornecida pela Chesf para as empresas do setor no Nordeste deixou algumas delas assustadas. Está entre o cobrado atualmente e o praticado no mercado livre. Mais perto do mercado livre.

Apelo geral

Na última quinta-feira, representantes da indústria eletrointensiva nordestina estiveram reunidos com políticos da Bahia, Alagoas e Pernambuco. Mesmo sem ter participado do encontro, o governador Rui Costa diz que é sensível em relação às dificuldades das empresas. “Esta é uma negociação entre o governo federal e as indústrias. Eu não apresento propostas. Meu papel é o de mostrar para o governo federal o quanto essas empresas são importantes para a economia da Bahia”, disse. A estimativa é de que as sete empresas do tipo na Bahia – Braskem, DOW, Paranapanema, Ferbasa, Mineração Caraíbas, Gerdau e Vale – respondam juntas por 60% do ICMS do estado.

Tecon avança em mercado de soja

Pioneiro no embarque de soja em contêineres no Nordeste, o Terminal de Contêineres de Salvador (Tecon), administrado pelo Grupo Wilson Sons, comprou um maquinário capaz de operar 75 toneladas do produto por hora, tornando-se o primeiro da região a dispor do equipamento. O sistema de esteiras transportadoras retrateis torna o processo mais eficiente, eliminando o contato do grão com o solo ou com outras sementes. Antes, o Tecon fazia a operação através de big bags de 2,5 toneladas.

O diretor do Tecon, Demir Lourenço Júnior, diz que o investimento é muito importante para o terminal. “Nós não temos como movimentar 3 milhões de toneladas de soja, que é a produção baiana. Mas se conseguirmos colocar 5% em contêineres, já será extremamente positivo”, avalia.

 

 
Fonte: Correio 24 Horas

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