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Lagoa Barra Tijuca

Lagoas da Barra da Tijuca/RJ são tomadas por bactérias tóxicas

Imagem Ilustrativa

A coloração esverdeada que tomou as águas do sistema lagunar da Barra da Tijuca nos últimos dias revela um quadro de aumento da proliferação de cianobactérias na região. A imagem, que tem surpreendido moradores de comunidades que ficam às margens das lagoas da Tijuca e do Camorim, também evidencia a probabilidade maior de problemas de saúde após o contato com aquelas águas, que podem desaguar em breve na praia pelo Quebra-Mar. As cianobactérias liberam microcistina, uma toxina que pode causar lesões de pele, problemas gastrointestinais, doenças respiratórias, febre, alergia e dor de cabeça.

Segundo o ambientalista Mário Moscatelli, que monitora o sistema lagunar da Barra, o quadro se acentuou por causa das altas temperaturas registradas em janeiro

A vista aérea das lagoas, que mostra águas de tonalidade verde-musgo, se transforma quando vista de perto, já que um “manto” formado por plantas aquáticas conhecidas como gigogas cobre o espelho d’água e dificulta a navegação.

“O esgoto é lançado nessas águas o ano inteiro, então você tem sempre essas cianobactérias, mas em quantidade menor. O gatilho para a explosão é a chegada do verão, por conta do calor e da intensidade de luminosidade, que favorecem a proliferação. Como dezembro foi um mês mais chuvoso, o quadro está se agravando agora”, afirma o ambientalista.

Moscatelli ressalta que, se houver fortes ventos, o banho de mar ali por perto pode se tornar uma atividade perigosa.

O problema das cianobactérias começa na Lagoa de Jacarepaguá, escoa pela Lagoa do Camorim, vai para a Lagoa da Tijuca, até chegar ao Canal da Joatinga e, em última instância, à praia. Os trechos mais vulneráveis vão depender do vento.

Esse cenário pode mudar com o projeto de despoluição que será implementado pela Iguá Saneamento, concessionária que adquiriu da Cedae o direito de administrar os serviços na região. A empresa só deve assumir a concessão, de fato, no mês que vem. Está previsto um investimento de R$ 250 milhões em medidas para a recuperação do sistema lagunar da Barra.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmou que “a coloração esverdeada é ocasionada pela proliferação de algas que se alimentam do excesso de matéria orgânica proveniente de esgoto sem tratamento”. Segundo o órgão, o saneamento é responsabilidade da concessionária. Já a Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que a gestão do sistema é do estado.

Fonte: Extra G1

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