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Multa por jogar lixo na rua já botou 81 mil na Serasa, fiscais vão usar máquinas de débito

Além de pesar no bolso, jogar lixo no chão pode trazer outra dor de cabeça aos infratores: ficar com o nome sujo na Serasa, o que impede, entre outras coisas, de abrir crediário. Em pouco mais de três anos do programa Lixo Zero foram aplicadas 187.710 multas aos sujismundos, mas 95.850 (51%) não foram pagas, resultando na negativação de 81.917 infratores. Os demais multados que não quitaram a dívida ainda estão em processo de inscrição na Serasa.

Para reduzir a inadimplência, o presidente da Comlurb, Luciano Moreira, anuncia como novidade o uso de máquinas de débito e crédito pelos agentes, a partir do mês que vem, para que as pessoas possam fazer o pagamento na hora. Hoje, os agentes autuam o infrator, que recebe em casa a multa e tem até 30 dias para fazer o pagamento.

— Vai facilitar para quem queira pagar na hora ou parcelar — sugere o presidente da Comlurb, que credita a inadimplência à atual crise econômica.

Para fugir da multa, que passou de R$ 185 para R$ 200 no fim de setembro — para detritos até o tamanho de uma lata de refrigerante — o cinegrafista Ciro Aguiar, de 54 anos, que trabalha no Centro, diz que, ao fazer um lanche na rua, coloca a embalagem no bolso ou carrega na mão até encontrar uma lixeira. Apesar de concordar com a necessidade de punição para quem desobedece a lei, ele considera pesada a multa, que pode passar de R$ 4 mil, dependendo do volume de detritos.

— As pessoas precisam ter consciência de que é de papel em papel que os bueiros acabam entupidos — diz.
Dados da Comlurb mostram que o cinegrafista têm razão. Os resíduos mais descartados, segundo o órgão, são os pequenos, como guimbas de cigarro e embalagens em geral, representando 65% do lixo jogado no chão. Mesmo assim, a avaliação da companhia de limpeza é de que o programa contribuiu para a mudança de hábito da população.

As 75.771 multas pagas resultaram numa arrecadação de R$ 14,3 milhões que, segundo a Comlurb, são revertidos para a manutenção do próprio programa.

O programa conta com 235 equipes de agentes, que atuam sempre em duplas.

Campeões de sujeira
Centro, Copacabana, Botafogo, Ipanema e Leblon estão entre os bairros no topo do ranking do volume de infrações. Já Deodoro, Cosmos, Engenheiro Leal, Gardênia Azul e Inhaúma acumulam menos multas.
Segundo a Comlurb, o programa, criado em 1º de agosto de 2013, contribuiu para reduzir em 63% o volume descartado incorretamente.

Fonte: Extra

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