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Presidente da Smar é preso por esquema bilionário de sonegação

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (17) em Ribeirão Preto (SP) o empresário Edmundo Rocha Gorini, presidente do conselho administrativo da empresa Smar, de Sertãozinho (SP). Detido em um condomínio de luxo em Ribeirão, o empresário é o principal suspeito de um esquema de sonegação bilionário praticado pela empresa, considerada uma das maiores do mundo no ramo de equipamentos de automação de alta tecnologia.

A advogada do empresário, Maria Cláudia de Seixas, informou que entrou com pedido de habeas corpus para o suspeito nesta terça-feira (18) e aguarda a decisão judicial. Quanto ao processo, Maria Cláudia disse que não pode se manifestar, visto que a ação corre em segredo de justiça.

Segundo a PF, Gorini e outros sete diretores da empresa que estão foragidos são suspeitos de fraudes no comércio exterior, remessa irregular de numerário ao exterior, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, descaminho e corrupção de agentes públicos. Em um esquema criminoso de atuação no Brasil e no exterior, o grupo de empresários introduzia mercadorias de forma clandestina no país, através de importações feitas por empresas alugadas ou de fachada.

Com o esquema, os reais importadores, além de reduzirem os custos de importação, chegaram a sonegar do Fisco R$ 1,6 bilhão, de acordo com investigações da PF em conjunto com a Receita Federal e com o Ministério Público Federal (MPF).

Segundo o delegado Paulo Víbio Junior, os empresários investigados praticam os crimes desde 1984. As fraudes, no entanto, só começaram a ser descobertas em 2009, quando uma auditoria da Receita Federal identificou que a Smar utilizava empresas fantasmas para operar no comércio exterior. O caso foi representado no MPF e as investigações junto à PF se desenrolaram por cerca de dois anos.

“Os antecedentes criminais datam de 1984. Há uma história de prática criminosa por trás do chamado sucesso empresarial deste grupo. Temos uma farta quantidade de provas colhidas pela Receita Federal e pela PF durante as buscas nas empresas, nos escritórios de contabilidade que forjavam as empresas e a identidade das pessoas que ingressavam nessas empresas. Subfaturando, eles conseguiam praticar preços menores que os concorrentes. Por isso se tornaram a equipe líder mundial no segmento”, afirma.

Denominada Operação Califórnia Brasileira – em alusão ao apelido de Ribeirão Preto -, a operação resultou em 14 denunciados e oito mandados de prisão preventiva, além do bloqueio de bens dos suspeitos. Diante do poder de mobilidade internacional dos foragidos, a PF acionou a Interpol e bloqueou os passaportes dos suspeitos. “Não conseguimos prender todos ao mesmo tempo, porque a empresa possui como sócios empresários de grande poder aquisitivo e grande mobilidade internacional, haja vista que eles têm mais de 30 filiais e subsidiárias em diferentes países. É uma situação muito complexa para prender todos ao mesmo tempo”, diz.

Habeas corpus
A advogada de Gorini, Maria Cláudia de Seixas, informou que pediu nesta terça-feira (18) o habeas corpus do empresário e que aguarda a decisão judicial. A defensora do empresário, no entanto, não comentou o processo movido contra Gorini e os demais diretores da Smar, uma vez que a ação corre em segredo de Justiça.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2014/03/presidente-da-smar-e-preso-por-esquema-bilionario-de-sonegacao.html

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