saneamento basico
Estatais Serviço sem Licitação

Lula muda regras do marco do saneamento e permite a estatais que continuem com serviço sem licitação

Estatais Serviço sem Licitação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira, 05, dois decretos que modificam a regulamentação do Marco Legal do Saneamento. Uma das regras modificadas prorroga o prazo para as prefeituras criarem unidades regionais desta semana para 31 de dezembro de 2025. Além disso, permite que estatais antes excluídas da regulamentação anterior possam se adequar às regras e continuar prestando serviço sem licitação.

Atualização também permite que empresas antes excluídas da regulamentação anterior possam adequar suas operações para evitar a interrupção de serviços e investimentos

A nova regulamentação atende a vários pontos que vinham sendo negociados pelo setor em reuniões realizadas nos últimos meses com o governo federal, como o Estadão/Broadcast vem mostrando. A nova lei, aprovada em 2020, tem como objetivo universalizar os serviços de água e esgoto até 2033, com fornecimento de água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%.

Conforme a reportagem antecipou, outra mudança é o fim do limite de 25% para a realização de Parcerias Público-Privadas (PPP) pelos Estados, em um aceno para ampliar a participação da iniciativa privada no setor.

LEIA TAMBÉM: ANA faz balanço sobre as ações de 2022 em saneamento básico

A reunião de apresentação e assinatura dos atos está marcada para ocorrer às 16 horas desta quarta-feira no Palácio do Planalto, sob a condução do presidente Lula e a participação de ministros.

As mudanças promovidas pelos novos decretos vão permitir investimentos de R$ 120 bilhões até 2033, segundo informou o governo em comunicado distribuído esta manhã pelo Palácio do Planalto. Os decretos regulamentam a Lei 11.445/2007, alterada pela Lei 14.026/2020, que define as diretrizes para o saneamento no País.

A norma estabelece que os serviços devem garantir abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente.

De acordo com o Planalto, os novos decretos permitirão que 1.113 municípios voltem a acessar recursos federais de saneamento básico. Pelas regras atuais, esses municípios, que reúnem 29,8 milhões de brasileiros, tiveram seus contratos com os prestadores estaduais declarados irregulares e, portanto, não poderiam contar com verbas federais para buscar a universalização do saneamento básico.

Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, o governo enfrentou um conflito ao ajustar o setor à legislação, depois de mais de dois anos do novo marco legal. Havia um impasse sobre o pacote de mil contratos irregulares de estatais – disputa protagonizada entre a Aesbe, que reúne essas estatais, e a Abcon, associação das companhias privadas – e a falta de acordo entre as empresas privadas e as companhias públicas de água e esgoto sobre o número de operações que serão “salvas” no novo decreto federal.

Marco do Saneamento

Agora, segundo as informações divulgadas pelo Palácio do Planalto, a nova metodologia proposta permite que prestadores responsáveis pelo serviço de saneamento em 351 municípios comprovem sua capacidade econômico-financeira e assim evitem a interrupção dos investimentos. Permite ainda que a prestação dos serviços em outros 762 municípios, que haviam ficados excluídos pela metodologia anterior, também possa ser inserida no processo de comprovação e assim regularizada, para evitar suspensão dos serviços ou dos investimentos. “Tudo isso com uma rigorosa fiscalização”, segundo o governo.

Outro ponto tratado na nova regulação é a regionalização da prestação dos serviços, trazida pelo Marco Legal do Saneamento para atender à lógica do chamado “filé com osso”. Como a lei incentiva a concessão dos serviços de água e esgoto, a ideia foi de não deixar que municípios pouco atrativos para a iniciativa privada fossem escanteados do processo de universalização.

A lei exige, portanto que, para ter acesso a verbas federais, os serviços devem ser prestados de forma regionalizada, atendendo a mais de um município. As novas regras prorrogam o prazo para essa regionalização até 31/12/2025. O prazo anterior se encerraria em 31/03/2023, o que deixaria outros 2.098 municípios, com população de 65,8 milhões de habitantes, que ainda não estão regionalizados, também impedidos de acessar recursos federais para ações de saneamento, segundo o governo. “O novo prazo garante aos Estados o tempo necessário para estruturação adequada da prestação regionalizada nos territórios, na forma prevista no novo marco legal, sem prejudicar os investimentos no período de transição para o novo modelo de prestação”, explica o Planalto.

Fonte: Estadão. 

Últimas Notícias:
ANA Atenção Barragens

ANA chama atenção para segurança de 229 barragens no país

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), lançou na quinta-feira (27) a edição de 2023 do Relatório de Segurança de Barragens (RSB). O documento, apresentado em uma transmissão pelas redes sociais, contabiliza ao todo 25.943 estruturas em todo o país.

Leia mais »
Teknano Imagem Post de Boas Vindas

Boas vindas ao novo parceiro: TekNano Ambiental

É com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à TekNano, uma empresa inovadora e comprometida com a excelência. Sua inclusão em nosso guia de compras é resultado de uma cuidadosa seleção, focada em oferecer às nossas comunidades opções de alta qualidade e confiança.

Leia mais »