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Sabesp cria paradoxo ambiental em SP

A RPPN Fazenda Meandros integra o grupo seleto das primeiras 11 unidades de conservação beneficiárias desse programa. Ela é uma importante produtora de água e em suas matas protegidas vivem diversas espécies da fauna e da flora, algumas ameaçadas de extinção. Mas a Sabesp ameaça todo esse ecossistema.

Se a companhia não fizer uma pequena alteração no projeto da nova adutora do Sistema Produtor São Lourenço, num trecho critico localizado no município de Ibiúna, os serviços ambientais fornecidos pela Fazenda Meandros, especialmente a produção de água, ficarão seriamente comprometidos.

O impasse está criado no governo paulista.

De um lado, a Secretaria de Meio Ambiente (SMA) acaba de reconhecer a Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Meandros como importante produtora de água e de outros serviços ambientais, incluindo-a em um seleto grupo, o das primeiras 11 RPPNs que passam a ser beneficiárias do recém-lançado CAP-PSA (Crédito Ambiental Paulista – Pagamento por
Serviços Ambientais).

Essas unidades de conservação perfazem uma área total de 1.884,34 hectares de florestas bem conservadas.
Seus proprietários serão remunerados pelos serviços ambientais prestados por essas áreas por um período de cinco anos.
Sabesp na contramão – A Sabesp, subordinada à Secretaria de Recursos Hídricos, segue na contramão da iniciativa pioneira no Brasil, que demonstra a visão de longo prazo da SMA diante do atual cenário de escassez de água em São Paulo.

O trajeto da nova adutora da Sabesp, denominada Sistema Produtor São Lourenço, vai causar um grande impacto ambiental justamente na área produtora de água da RPPN Fazenda Meandros, localizada no município de Ibiúna, cerca de 70 quilômetros distante da capital paulista.

Nesse momento de crise hídrica em São Paulo, esse caso traz à luz a conduta paradoxal da Sabesp. A companhia tem o dever legal, em nome do interesse público, de propor projetos que protejam as áreas de floresta produtoras de água, especialmente as que estão próximas das áreas mais urbanizadas, como a Fazenda Meandros. A nova adutora da Sabesp causará um profundo impacto negativo à área de floresta produtora de água dessa RPPN. Isto é inadmissível, pois não existe água sem floresta. Ao implementar o CAP-PSA, o governo paulista segue na direção certa, mas precisa fazer melhor alinhamento junto à Sabesp”, alerta o advogado Flávio Ojidos, que tem mediado o conflito em favor da RPPN.
Pequena alteração no trajeto – O gestor da RPPN Fazenda Meandros, Cláudio Martins Ferreira, destaca:

A Sabesp tem conhecimento de que a RPPN Fazenda Meandros é uma importante produtora de água”.

Agora que a Secretaria do Meio Ambiente reconheceu nossa relevância como fornecedora de serviços ambientais, esperamos que a Sabesp finalmente ouça os nossos apelos, adotando a alternativa locacional que sugerimos. Trata-se de uma pequena alteração no trecho que atravessa Ibiúna, considerada tecnicamente viável por engenheiros da própria Sabesp, que além de menor impacto ambiental também tornará mais curto o trajeto”, informa o gestor da RPPN Meandros, que abriga uma área equivalente a 1200 campos de futebol de Mata Atlântica
protegida.

Fonte: Ambientalistas em Rede
Veja mais: http://ambientalistasemrede.org/sabesp-cria-paradoxo-ambiental-em-sp-por-simone-silva-jardim/

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