saneamento basico

Com a presença do ministro Kassab, entidades discutem, em SP, o futuro do saneamento no Brasil

Investimentos no setor podem ser uma alternativa para a retomada do crescimento econômico

Um setor da infraestrutura que movimenta R$ 42 bilhões por ano e precisa de investimentos de mais de R$ 500 bilhões nas próximas duas décadas, mas que conseguiu atingir apenas, na média, a metade disso nos últimos dez anos (cerca de R$ 7,6 bilhões/ano dos R$ 15 bilhões/ano recomendáveis).

Este é o saneamento, uma das áreas de pior desempenho entre os indicadores que garantem qualidade de vida à população: hoje, apenas 58% dos brasileiros possuem serviço de coleta de esgoto e, entre esses “privilegiados”, apenas metade conta com o tratamento do esgoto coletado.

Tamanho déficit coloca o segmento na pauta de soluções para alavancar a retomada do crescimento econômico. Afinal, o potencial de investimento é enorme. No entanto, o Poder Público, que é o concedente dos serviços, e a iniciativa privada ainda não aprofundaram parcerias para viabilizar esse investimento (hoje, a participação do capital privado em serviços de saneamento é de apenas R$ 2,7 bilhões, ou 6,42% do total).

Essa é a principal questão a ser discutida pelo 6º Encontro Nacional das Águas, que acontece nos dias 12 e 13 de abril, em São Paulo, com a presença do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, na abertura.

As propostas para ampliação de investimento no saneamento serão discutidas no dia 12/04, a partir das 9h30, pelo presidente executivo da ABCON – Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, Roberto Muniz, ao lado de Paulo Ferreira (secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades), Dante Ragazzi Pauli (presidente da ABES), Roberto Tavares (presidente da AESBE) e Aparecido Hojaij (presidente da ASSEMAE).

Ao contrário de outras áreas de infraestrutura e serviços públicos em que houve o “choque de gestão” da iniciativa privada, como a telefonia e as rodovias, o saneamento não avança há décadas e convive com índices alarmantes para o bem-estar e a saúde pública da população.

Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), o Brasil precisa investir cerca de R$ 500 bilhões até 2033 para alcançar a universalização dos serviços. Mas, a continuar no ritmo de investimento da última década (cerca de R$ 7,6 bilhões entre 2002 e 2012), o esgotamento sanitário só estará universalizado em 2054.

Fonte: Jornal do Brasil
Foto: Divulgação

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