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PDT continua indeciso entre apoiar Rui Costa ou o prefeito ACM Neto

Terminou sem nenhum anúncio a reunião ocorrida entre os diretórios municipal e estadual do PDT, ontem, com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. A conversa, que aconteceu a portas fechadas, durou mais de cinco horas.
Ao final, os pedetistas não comentaram os rumos do partido, que integra a base aliada do governo Rui Costa (PT) desde 2009 e acabou de ter o nome da ex-vereadora Andrea Mendonça nomeada secretária do opositor, o prefeito ACM Neto. Andréa é irmã do deputado estadual e presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr.

A vinda do presidente da legenda para a Bahia seria para resolver o imbróglio gerado com a adesão do partido ao governo municipal. Tal decisão teria fragilizado a relação com o PT na Bahia.
O governador Rui Costa (PT) afirmou, na ocasião, que gostaria de ter o PDT exclusivamente na sua base,embora os dirigentes pedetistas afirmem que a ida de Andrea Mendonça para o município teria sido um convite individual. No governo, o PDT indicou os titulares das Secretarias de Agricultura e Administração Penitenciária.

Nos bastidores políticos afirma-se que o fato da sigla não ter anunciado de que lado caminhará nos próximos meses pode ser uma demonstração de que há uma inclinação de políticos para integrar o Executivo municipal.

A expectativa, tanto dos pedetistas como dos petistas, é que a decisão seja anunciada ainda esta semana para que o governador possa ter certeza das alianças, uma vez que a arrumação da base depende dos rumos da ligação também com o PDT. Inicialmente, estava prevista na agenda de Lupi, após reunião com os pedetistas, uma visita ao governador Rui Costa (PT) na Governadoria. Segundo o secretário de Relações Institucionais do Etsado, Josias Gomes, a agenda foi cancelada.

Ao site Bocão News, Carlos Lupi disse que a reunião foi produtiva e houve um consenso sobre o rumo que os pedetistas irão tomar. No entanto, preferiu não antecipar o resultado antes de conversar com o governador Rui Costa e o prefeito ACM Neto.

O secretário de Relações Institucionais reiterou à Tribuna que a posição do governo estadual continua a mesma e o PDT terá espaço garantido na gestão caso opte pela aliança exclusiva com o PT. “Não recebi nenhuma informação ainda da reunião que houve hoje. Estamos no aguardo, mas nossa posição continua a mesma”, declarou.

Segundo o presidente do PDT na Bahia e deputado estadual Félix Mendonça Jr, a orientação de Lupi foi que nenhum dos afiliados comentem o posicionamento da legenda. “Finalizou a reunião, mas não finalizou o resultado. Agora vai caber ao presidente nacional dar posição. Amanhã é Bonfim, vai ser difícil conversar com políticos, mas acredito que em breve”, disse.
Félix e Nilo

Os problemas que surgiram dentro do PDT baiano, não só com a indefinição no rumo da legenda, mas também com um possível desentendimento entre os deputados estaduais Marcelo Nilo e Félix Mendonça Jr, também motivaram a vinda de Lupi para a Bahia.

O parlamentar Félix Mendonça Jr. anunciou que vai tentar a reeleição da presidência do diretório estadual, enquanto Marcelo Nilo também demonstrou que irá se candidatar. Os dois não teriam chegado a um consenso e o presidente da Assembleia chegou a afirmar à imprensa que a a relação com Félix estaria “insustentável”.

Sobre a ida do PDT para o município, Félix Mendonça Jr. disse que a sigla era independente e não via problema em permanecer nas duas bases. Segundo informou à Tribuna na época, o PDT já ocupava o cargo de diretor geral de Transportes na Secretaria Municipal de Transportes, com o ex-vereador Gilberto José.
Já o vereador Odiosvaldo Vigas, que preside o diretório municipal pedetista, disse á Tribuna acreditar ser preciso “quebrar os paradigmas ideológicos de só ser esquerda, direita, ou centro-esquerda”.

Os conflitos,inclusive, parecem que não vão se atenuar. Ontem, o vice-presidente do PDT municipal, Alderico Sena, chegou a defender uma candidatura própria para a Prefeitura de Salvador em 2016. Nos bastidores, circula a informação de que o clima não está entre os melhores com a Governadoria.

Segundo Sena, o quadro político do PDT tem força, experiência e competência para gerir Salvador. O último prefeito pedetista que assumiu o município foi João Henrique.

2º escalão aguarda

Continuam as negociações do governo do estado com os onze partidos da base para definir o segundo escalão do governador Rui Costa (PT). A base governista já conta com o PTN, e aguardava ontem a decisão do PDT de permanecer exclusivamente com o governador. No entanto, o anúncio não foi feito, apesar da reunião com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Os rumores são de que para fechar o segundo escalão, o governador precisaria ter a certeza de quais partidos vão caminhar ao seu lado.

De acordo com o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, o diálogo continua sendo feito. Gomes esperava ontem uma resposta dos pedetistas.
Estão sendo negociados a participação do PSB e do PV, que, caso aceite participar do governo, deixará mais uma vez fragilizada a sustentação política do prefeito de Salvador, ACM Neto, que perdeu quatro vereadores do PTN na Câmara. À Tribuna, o ex-secretário municipal Ivanilson Gomes (PV) disse que não há uma aliança eterna da legenda com o DEM e que por isso também estaria aberto ao diálogo e à mudança. Atualmente, a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, é do PV.

Já o PSB baiano, por sua vez, precisa alinhavar muitas questões com o PT. Pelo menos é o que afirmam os afiliados do partido. A senadora Lídice da Mata, presidente da sigla na Bahia, disse que há diálogo, mas nada está definido e que o retorno para a base do governo será analisado com muita calma e cautela. Caso aconteça, não será por troca de apoio.

Caso o PDT permaneça no governo, o cargo mais cotado para assumir no segundo escalão será a presidência da Embasa. A perspectiva era que tais questões fossem concluídas hoje com o apoio definitivo do PDT.

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