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RJ perde R$ 31 bi com poluição na Baía de Guanabara

Imagem Ilustrativa

Estudo do economista Riley Rodrigues, assessor especial da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro, revela que entre 2002 e 2013, por conta da poluição das águas da Baía de Guanabara, houve uma redução de 68% no volume de peixes pescados. Isso somado aos gastos com saúde pública e à desvalorização dos imóveis localizados na beira da Baía causaram ao Estado um prejuízo R$ 31 bilhões.

Estudo de assessor especial da Casa Civil do Estado revela que entre 2002 e 2013 houve redução de 68% no volume de pesca na Baía

De acordo com a Fiperj (Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro), 1.380 unidades produtivas —embarcações e pescadores em terra— descarregaram pescado da baía entre 2017 e 2020. Os dados foram revelados em reportagem da Folha de S. Paulo.

Além da pesca, os levantamentos calculam a perda a partir de gastos com internações causadas por doenças relacionadas às falhas no saneamento básico, como infecções gastrointestinais, e o impacto delas na renda e produtividade do trabalhador e na educação. As estimativas também consideram a possível valorização imobiliária no entorno da Baía de Guanabara com sua melhoria ambiental.

Segundo Alexandre Anderson, presidente da Ahomar (Associação Homens do Mar), muitos pescadores abandonaram a prática para buscar outros meios de vida. Ele calcula que três pescadores que atuem hoje na baía.

“O impacto foge da praia. Está no comércio fechado por falta de turistas. Das famílias que são obrigadas a sair e fazer uma migração forçada, involuntária. Temos muitas casas abandonadas porque os pescadores precisaram sair para buscar seu sustento. Foram para a capital trabalhar como pedreiro, ajudante de obra e saíram da região”, afirmou ele, que atua em Magé.

Assoreamento aterra áreas da Baía

Vídeo produzido pelo presidente da Colônia de Pesca de Duque de Caxias, RJ, Gilciney Gomes para o movimento ambiental Baía Viva mostra imagens do lixo descartado incorretamente como seringas e pneus. Mas o que mais impressiona é o processo de assoreamento na região.

Esse fenômeno ocorre quando o leito de um rio se eleva por conta do acúmulo de detritos levados pela água das chuvas por erosão de regiões desmatadas. O assoreamento tem origem nas más práticas como a remoção da vegetação que protege o solo, o que evitaria a produção de sedimentos e sua locomoção em direção aos rios. De acordo com Gomes, são “mais de 25 anos sem que sejam realizadas dragagens para evitar o assoreamento, o “que deveria ser de responsabilidade dos órgãos responsáveis pelo meio ambiente no Rio de Janeiro.”

Fonte: Diário do Porto.

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