saneamento basico

Experiência de sucesso da empresa israelense Miya Group mostra que PPPs são alternativa para reversão de cenário

As perdas no processo de produção e distribuição de água no Brasil são de cerca de 40%. Há Estados em que o índice chega a 70%. Durante a Fenasan, feira do setor de saneamento realizada ontem (31) em São Paulo , Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp, afirmou que as instituições financeiras não têm hoje no Brasil linhas suficientes de financiamento para reduzir as perdas. “No setor de saneamento a gestão das perdas é o principal problema e há dificuldade de obtenção de recursos para essa área”. Para o especialista, sócio da GO Associados, “uma alternativa efetiva seriam as parcerias púbico-privadas”.

Um projeto para maximizar a eficiência do sistema de distribuição de água em Nova Providência, uma das ilhas mais populosas das Bahamas, liderado pela empresa israelense Miya Group e pela concessionária Water and Sewerage Corporation (WSC), mostra que parcerias público-privadas (PPPs) são eficientes para suprir a escassez de recursos no setor de saneamento. Por meio de um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi possível desenvolver o projeto com custo estimado de US$ 83 milhões.

A WSC fornece água potável para 250 mil pessoas em Nova Providência e as perdas de água chegavam a mais de 50% na região em 2012, o que significa mais de 31 milhões de litros por dia. Com a intervenção do Miya Group e o apoio do BID a economia deve chegar a 14 milhões de litros em 2015.

Outra experiência de sucesso do Miya Group, apresentada na Fenasan, mostra a redução de perdas em Manila, capital das Filipinas. “Quando chegamos à Manila, havia perdas de águas que correspondiam a cinco vezes o consumo diário de água da cidade de Campinas”, conta Roland Liemberger, diretor do Miya Group na Ásia. Com a atuação da empresa, 240 mil vazamentos foram reparados e 1,360 Km de encanamentos substituídos. As perdas de água foram reduzidas para 770 milhões de litros por dia, o que corresponde a 2,5 vezes o consumo diário de água em Campinas. “Imagine se pudéssemos economizar 50% da água perdida em são Paulo , quantas novas regiões poderiam ser abastecidas”, diz Liemberger.

Para Shimon Constante, vice-presidente do Miya Group na América Latina, “o caminho para melhorar a eficiência no setor de captação e distribuição de água é por meio da colaboração entre as áreas pública, privada e as instituições financeiras. É fundamental que sejam desenvolvidos financiamentos que viabilizem não só obras, mas também a prestação de serviços e ações de transferência de tecnologia”, explica.

Ricardo Simões Campos, presidente da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais ), que também participou da mesa-redonda, defende que o controle de perdas deve fazer parte da rotina das companhias e ser tratado como uma questão estratégica . “O grande desafio é atuar nos sistemas mais complexos, nas regiões metropolitanas . Tudo isso passa pela gestão das perdas”, afirma.

“Estamos chegando num ponto em que é possível pensar em investimentos mais sofisticados no setor de água e saneamento. O controle de perdas é perene, não podemos nunca parar, não só no período de crise”, afirma Edson Pinzan, diretor de Tecnologia da Sabesp.

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