Tecnologia Remediação Áreas Contaminadas
Uma inovação já testada no Canadá reduziu a contaminação em um antigo posto de gasolina em apenas seis meses; especialista da Clean explica a relevância para o cenário nacional.
O Brasil enfrenta um passivo ambiental significativo relacionado a áreas contaminadas por combustíveis.
Postos de gasolina desativados, áreas industriais antigas e lençóis freáticos atingidos por vazamentos estão entre os desafios que demandam soluções ágeis e eficazes para proteger o meio ambiente e a saúde da população.
Uma tecnologia que pode ganhar espaço no país é o Waterloo Emitter, desenvolvido pela Solinst e representado no Brasil pela Clean Environment Brasil. O equipamento difunde oxigênio diretamente em águas subterrâneas contaminadas, estimulando a biodegradação natural de compostos como o BTEX e os hidrocarbonetos de petróleo.
Os resultados obtidos em projetos internacionais chamam a atenção. Em Ontário, no Canadá, um antigo posto de gasolina apresentava uma pluma de contaminação de gasolina e diesel em águas subterrâneas. Com a instalação de apenas 14 unidades do Waterloo Emitter, os níveis de oxigênio dissolvido aumentaram em 880% em um mês. Em seis meses, as concentrações de contaminantes caíram abaixo dos limites de detecção analítica, permitindo que o sistema fosse desativado em apenas um ano.
No Brasil, os postos de combustíveis despontam como principais candidatos à aplicação da tecnologia. “Esses locais geralmente apresentam contaminação por BTEX, e o Waterloo Emitter oferece baixo custo de operação com resultados rápidos e eficazes”, explica Neimar Almeida, Gerente de Tecnologias de Remediação da Clean e responsável pela linha da Solinst no país. Ele acrescenta que também há espaço em áreas industriais que utilizam solventes clorados e em lençóis freáticos impactados, “já que o sistema permite uma remediação controlada, de longo prazo e de fácil manutenção”.
Tecnologia Remediação Áreas Contaminadas
O especialista destaca as vantagens frente aos métodos tradicionais.
“O Waterloo Emitter se diferencia pelo baixo custo de implantação e manutenção, além de não exigir energia elétrica nem operação contínua. Em casos de contaminantes biodegradáveis, o tempo de remediação pode ser menor, pois o sistema promove a liberação controlada de oxigênio ou outros gases diretamente no aquífero, estimulando a biorremediação in situ”, ressalta Neimar.
Esse potencial é reforçado pelos números. Só em São Paulo, a CETESB aponta que cerca de 73% das áreas contaminadas estão ligadas a postos de combustíveis. “Esse dado mostra o tamanho da demanda e o espaço para tecnologias inovadoras como o Waterloo Emitter”, conclui.
Sobre a Clean Environment Brasil
Fundada em 1995, a Clean fabrica e comercializa tecnologias, equipamentos e produtos voltados ao meio ambiente e à segurança ocupacional.
Representante da Solinst no Brasil para a tecnologias Waterloo Emitter 703, Water Flute modelo 405 e Sistema Multinível 401 Waterloo. A empresa investe continuamente em Pesquisa & Desenvolvimento, oferecendo ao mercado nacional soluções reconhecidas internacionalmente pela inovação e sustentabilidade.