Bancos Desenvolvimento Poluição Plástica
Um grupo formado por seis bancos públicos de desenvolvimento renovou um compromisso financeiro para enfrentar um dos maiores desafios ambientais do século: a poluição plástica nos mares.
Na segunda-feira (9), durante a terceira edição da Conferência dos Oceanos (UNOC3), em Nice, na França, foi anunciada a segunda etapa da Iniciativa Oceanos Limpos (Clean Oceans Initiative 2.0).
A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD); da França; o Banco Europeu de Investimento (BEI), da União Europeia; o Instituto de Crédito para Reconstrução (KfW), da Alemanha; o Fundo de Depósitos e Empréstimos (CDP), da Itália; o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), do Reino Unido, e o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), sediado nas Filipinas, estabeleceram uma meta de financiamento conjunto de € 3 bilhões (aproximadamente R$ 19,1 bilhões) para o período de 2026 a 2030.
A Iniciativa Oceanos Limpos, lançada em 2018, é um dos maiores esforços multilaterais dedicados ao financiamento de projetos que reduzem a poluição por plástico no mar.
Em maio deste ano, atingiu sua meta de arrecadar € 4 bilhões (R$ 15,8 bilhões) em financiamento de longo prazo para projetos públicos e privados que visam reduzir o despejo de plásticos, microplásticos e outros resíduos nos oceanos por meio da melhoria da gestão de resíduos sólidos, águas residuais e águas pluviais.
Bancos Desenvolvimento Poluição Plástica
Exemplos de projetos incluem a melhoria do tratamento de águas residuais no Sri Lanka, na China, no Egito e na África do Sul. A gestão de resíduos sólidos no Togo e no Senegal, e a proteção contra inundações no Benim, no Marrocos e no Equador.
A Iniciativa Oceanos Limpos 2.0 se concentra em projetos em áreas costeiras que abordam a poluição plástica que entra no oceano. Especialmente na Ásia, na África e na América Latina. Regiões onde a gestão inadequada de resíduos e água nos principais sistemas fluviais continua sendo um desafio crítico.
Também dá ênfase à prevenção de resíduos e apoio a soluções de economia circular, incluindo projetos que desenvolvam alternativas ao plástico.
“Vemos que há um papel para nós”, disse Stefanie Lindenberg, líder do projeto BEI, à Reuters. Ela acrescentou que o banco poderia ajudar a diminuir o risco de desenvolver novas tecnologias, tipos de embalagens e produtos, fornecendo financiamento mais barato, subsídios ou investimentos em fundos de terceiros.
Ecossistema vital
Os oceanos são vitais para a vida na Terra, fornecendo alimentos, renda, regulação do clima e recursos naturais para bilhões de pessoas. Eles absorvem cerca de 30% das emissões globais de dióxido de carbono, ajudando a amortecer os efeitos das mudanças climáticas.
Mas a poluição plástica é uma grande ameaça. De acordo com a ONU, se as tendências atuais continuarem, a quantidade de resíduos plásticos que entram nos mares a cada ano poderá triplicar. Passando de cerca de 11 milhões de toneladas em 2021 para 23 a 37 milhões de toneladas até 2040.
Atualmente, estima-se que apenas os microplásticos sejam responsáveis por 1,5 milhão de toneladas que entram nos ecossistemas marinhos a cada ano.
Fonte: Um Só Planeta.