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Moradores reclamam do descarte irregular de lixo orgânico nos ecopontos em São Carlos/SP

Os moradores de São Carlos (SP) enfrentam problemas com o mau uso dos ecopontos, locais que servem para o descarte de lixo que não é recolhido pelos caminhões. A reclamação é pelo descarte irregular de lixo orgânico nesses locais e pela demora da prefeitura em fazer a limpeza periódica.

Segundo a Prefeitura de São Carlos, a limpeza é feita a cada 15 dias porque só há uma equipe para realizar o serviço e estudam a possibilidade de contratar uma empresa terceirizada para administrar os ecopontos.

Ainda de acordo com a prefeitura, são realizadas campanhas educativas para que a população não descarte os lixos orgânicos nos ecopontos.

Limpeza no ecoponto

O ecoponto do Jardim Paulistano até está organizado, mas precisando de limpeza e os moradores reclamam que muitos estudantes vão embora e trazem sofás e móveis quebrados, materiais que pegam fogo muito fácil e o último incêndio aconteceu há três semanas no local.

“A gente mora aqui bem na esquina e quando eles colocam fogo a gente não consegue nem ficar dentro de casa. Não tem condição. É uma fumaça que esquenta demais, a gente tem criança, tem neto e eles têm problema de bronquite”, reclamou a dona de casa Roseli Tavares dos Santos Faria.

De acordo com Roseli, que mora há mais de 30 anos no local, o problema é antigo. “Acho que o povo tem que pensar mais um pouco antes de jogar o lixo. É muito lixo. A pessoa tem que ter um pouco de dó do ser o humano, pensar nas crianças e pensar em todo mundo”, completou.

Descarte irregular

O aposentado Tatsuo Ambo sempre utiliza o ecoponto para descartar materiais e acha um absurdo o lixo que encontra nas calçadas quando o portão está fechado. “Tem pessoas que não têm paciência, vai deixando, colocando no muro e às vezes não cabe mais e põe na rua, na calçada, que é lugar das pessoas transitarem”, reclamou.

A situação é bastante complicada no ecoponto do São Carlos III, com muito entulho, sofá, galhos de árvore que chegam perto da fiação elétrica. Além disso, o local está cheio de lixo doméstico e materiais que acumulam água, como pneus.

O catador de recicláveis Paulo Armando Carlos Abreu usa o ecoponto para descartar entulho de pequenas obras e reclama que do jeito que está fica difícil para descarregar. “O povo vem e joga tudo esparramado, depois a máquina demora para amontoar. Se a prefeitura viesse mais rápido [limpar] seria a melhor coisa”, explicou.

Além do mau cheiro e da sujeira os moradores ainda precisam conviver com os bichos que aparecem nas residências.

“Aqui na minha casa a gente está brigando com os ratos e baratas. A gente joga até o almoço fora de tanta barata. Tem esse ecoponto? Então vamos jogar o lixo separado, só que aqui vem resíduo de comida, de hospital, que já achei várias seringas aqui de hospital. Tem que ter uma coleta seletiva”, reclamou o pedreiro Iremar Vieira da Silva.

Fonte: G1

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