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O valor do lixo

O Brasil é o maior pro­dutor de resíduos da América Latina. Um relatório produzido pela Uni­versidade das Nações Unidas (UNU) e o Global E-waste Mo­nitor 2017, revelou que o nosso país é o maior produtor de lixo eletrônico entre os países lati­nos, produzindo 2 milhões de toneladas em 2016.

O cresci­mento foi de 10% no volume em relação à última pesquisa reali­zada, divulgada no relatório de 2014. Por ano, atualmente, o país chega a produzir 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos, equivalente à 206 está­dios do Morumbi, em São Pau­lo, tomados por lixo.

Um dado perigoso, tendo em vista sur­tos de doença que começam a tomar os noticiários em 2018, como por exemplo os casos fre­quentes de febre amarela.

A realidade é que muitas pes­soas não se preocupam com o destino final de um produto. Esse descaso reflete nas políticas públicas e acaba se tornando um ato “cultural” o descaso com re­síduos.

Capitale Energia

Desta forma, talvez seja necessário neste momento uma reeducação pessoal, na esperan­ça de que o ato se espalhe pelo exemplo e outros tomem parti­do dessa causa. A primeira atitu­de para melhor destinar o lixo da casa é a coleta seletiva.

Separan­do materiais recicláveis, como papel, plástico e alumínio, de re­síduos orgânicos é possível rea­proveitar cada um destes, dando uma utilidade própria para algo que seria um problema no futu­ro.

Plástico podem se tornar no­vamente garrafas ou até mesmo objetos artísticos e decoração, como luminárias e etc. O papel deve ser levado até um local de coleta onde será trabalhado para ser utilizado novamente.

E o que fazer com restos de comida e outros resíduos orgâ­nicos? O destino desses resídu­os não pode ser o mesmo, pois a decomposição é mais rápida. Uma das soluções mais vantajo­sas é a compostagem.

Trata-se de um processo de reaproveitamen­to da matéria orgânica encontra­da no lixo, transformando o resí­duo em uma fonte de nutrientes que, quando misturada na terra, funciona como um ótimo fertili­zante.

Esta técnica já é utilizada em grande escala na agricultu­ra, mas a novidade é que existem formas de utilizar a composta­gem em casa, nas plantas, hortas e jardins do quintal.

REAPROVEITAR

Além de dar um fim correto ao lixo orgânico, a compostagem também serve como adubo para as plantas, sendo uma opção ain­da mais vantajosa para o meio­-ambiente.

O especialista dire­tor geral da Esaflores, no Sul do país, Bruno José Esperança, aler­ta que é preciso ter atenção com o que vai na composteira.

“Nem todos os restos orgânicos podem ser utilizados na compostagem. Lixo comum, restos de carne, la­ticínios e óleos não são indica­dos. Já restos de verduras e legu­mes, cascas de frutas, borras de café, cascas de ovos e serragem são ideias”.

A montagem da com­posteira também é fácil e pode ser feita utilizando objetos inu­tilizados da cozinha, como tam­pas de plástico e caixas plásticas.

PASSO A PASSO

A compostagem doméstica é simples e precisa de poucos obje­tos para construção. São três cai­xas plásticas escuras (uma com tampa), folhas secas e galhos pe­quenos e cerca de 100 minho­cas.

As três caixas são empilha­das, sendo que as duas primeiras precisam de pequenos furos no fundo. Nessas duas caixas é onde ocorre a compostagem e a caixa inferior será utilizada para cole­tar o resíduos líquido orgânico.

Para montar montar a com­postagem é preciso forrar o fundo da caixa superior com fo­lhas secas e pequenos galhos, que funcionará como dreno da composteira.

Em seguida, de­ve-se colocar terra com minho­cas, acima os resíduos orgâni­cos e uma camada de folhas secas, para contribuir na oxi­genação. Logo após é só fechar a caixa e fazer depósitos diários até que ela seja preenchida.

Fonte: DM.

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