Usina RS Lixo Gás Natural
Por Júlia Taube
Primeiramente entrou em operação nesta segunda-feira (15) a primeira planta de produção de biometano em um aterro sanitário do Rio Grande do Sul. Mas a usina foi inaugurada em Minas do Leão, a cerca de 100km de Porto Alegre, e deve transformar resíduos orgânicos em gás capaz de gerar energia e combustíveis. Inicialmente, a produção do biometano será destinado para a indústria, segundo a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).
A unidade, chamada de Biometano Sul, deve criar gás natural renovável equivalente a 12,5 mil botijões de gás ao dia, reutilizando lixo orgânico que é descartado por 85 municípios do estado. O local foi construído em uma área da CRVR, que atende entre outros municípios, Porto Alegre.
Na unidade da CRVR em Minas do Leão, o biogás já é utilizado para produzir energia: cerca de 8,5 megawatts/hora consumidos vêm do biometano.
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Portanto o investimento foi de cerca de R$ 150 milhões entre o grupo Solví, controlador da CRVR, e a Arpoador Energia, na unidade.
Então de acordo com a CRVR, a conversão do biogás em biometano deve evitar a emissão de, aproximadamente, 1 milhão de toneladas de gases do efeito estufa na atmosfera ao longo de 15 anos. Conforme os administradores do local, 30 empregos diretos foram criados.
Usina RS Lixo Gás Natural
- O material orgânico chega ao aterro sanitário e, ao se decompor, produz o chamado biogás – composto por metano, gás carbônico e de outros elementos.
- Biogás é captado por buracos, parecidos com poços, que sugam o produto e o conduzem até uma rede de tubulações sobre o aterro sanitário. Mas essas tubulações levam o gás até a planta de biometano.
- Ao chegar na usina, o biogás tem a sua umidade é reduzida e são feitos ajustes de temperatura.
- Gás carbônico e os gases residuais são removidos, sobrando uma alta concentração de metano superior a 90% — o chamado biometano.
- O biometano é comprimido e enviado para pontos de carregamento, onde são postos em cilindros e comercializado.
Projeções de novas usinas
Contudo São Leopoldo, Santa Maria, Giruá e Victor Graeff também devem ser contempladas com a implementação de novas unidades da planta de produção de biometano. Então assim como em Minas do Leão, nesses municípios os aterros são administrados pela CRVR.
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Portanto em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram investidos R$ 100 milhões e a planta já está em construção. A projeção da empresa é ter todas as unidades até 2030, quando a conversão de lixo em biometano deverá alcançar 10% da demanda por gás natural no Rio Grande do Sul.
Fonte: G1.