Crises hídricas entram no radar das autoridades financeiras
A Região Metropolitana de São Paulo volta a enfrentar a redução da pressão no abastecimento de água e potencial ameaça de racionamento.
A Região Metropolitana de São Paulo volta a enfrentar a redução da pressão no abastecimento de água e potencial ameaça de racionamento.
“Foi um negócio pequeno, mas muito estratégico”. Foi assim que Carlos Piani, CEO da Sabesp, definiu a compra do controle da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), anunciada neste domingo (5), em um negócio de R$ 1,1 bilhão.
A bacia do RG abrange parcialmente os municípios de Cotia, Embu, Juquitiba, São Lourenço da Serra, São Paulo e integralmente Embu Guaçu e Itapecerica da Serra.
O acordo, assinado às margens da própria reserva, visa a limpeza, remoção de resíduos e conservação do espelho d’água da represa, com a implantação de 11 ecobarreiras, além de outras iniciativas.
"A rotina aqui tem sido por conta da água. Tudo tem que ser feito ou planejado até as 14h para ter água", conta Jacques Perez Pinar. A vendedora Elaine Shiino Noleto passa por situação parecida desde fevereiro de 2014. "Em Guarulhos [na Grande São Paulo], os moradores continuam sofrendo com o rodízio de água. Ficamos um dia com água e o outro sem", conta.
Em mais um dia sem chuva, o nível de todos os outros mananciais responsáveis por abastecer a capital e Grande São Paulo também caiu
Investimento chega a R$ 42 milhões, segundo dados da Sabesp. Capacidade aumenta em mil litros por segundo e beneficia 400 mil pessoas.
Já o volume de água no Sistema Cantareira, considerado o principal manancial de São Paulo em função de sua capacidade de armazenamento, voltou a cair após dois dias de estabilidade.
Precipitação de 44,8 mm é 6,4% maior que o esperado para todo o mês. Chuva e frente fria na capital paulista colaboram para elevação de nível.
Segundo a acusação feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as retiradas de água feitas pela Sabesp ocorreram de forma gratuita e “em detrimento da capacidade de geração hidrelétrica” da EMAE.