Pesquisa revela que mudanças climáticas já fazem parte da agenda de investimentos de grandes empresas
73% dos entrevistados acreditam que suas ações de mitigação ou adaptação terão impacto financeiro positivo sobre os negócios
73% dos entrevistados acreditam que suas ações de mitigação ou adaptação terão impacto financeiro positivo sobre os negócios
As preocupações com o aquecimento global e o compromisso do Brasil e de Mato Grosso com as reduções de gás carbônico, a partir da redução do desmatamento, são tema de uma das principais palestras promovidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), durante a Semana do Meio Ambiente.
Nove em cada dez entrevistados apontaram que as crises na água e na energia têm relação com as mudanças do clima.
As alterações climáticas pelas quais o globo passa começam a influenciar políticas de longo prazo para a preservação do meio ambiente. Mas, as ações práticas ainda são incipientes. "Temos que pensar no meio ambiente levando em consideração o que vai acontecer nos centros urbanos, por isso, em São Paulo, por exemplo, é importante acompanhar o que será indicado no plano diretor, que deve contemplar ações nesta seara", analisa a especialista em desenvolvimento urbano e professora da Universidade Mackenzie, Gilda Collet Bruna.
Para Laura Canevari, engajar empresas em discussões sobre o tema significa criar uma economia resiliente, assegurar empregos e desenvolvimento
A terceira Conferência Internacional sobre Adaptação às Mudanças Climáticas (Adaptation Futures), que reuniu nas semana passada em Fortaleza (CE) autoridades mundiais que estudam o tema, debateu políticas de secas no Brasil.
Os cientistas estão observando sinais da chegada de um forte El Niño. O fenômeno faz parte do ciclo de variação de temperatura do oceano Pacífico. Durante o El Niño, a faixa equatorial do Pacífico fica mais quente. Durante a fase contrária, chamada La Niña, o Pacífico fica mais frio.
Menos água nas regiões secas, ainda mais inundações, fluxos de rios modificados, contaminação... O aquecimento global transformará radicalmente o mapa do acesso à água e acirrará as tensões em torno desse recurso vital.
As mudanças climáticas já observadas e as projetadas para as Américas do Sul e Central colocarão em risco a segurança hídrica das regiões e terão impactos diretos no abastecimento doméstico e industrial e em setores fortemente dependentes de água, como o de geração de energia hidrelétrica e a agricultura.
O número de espécies e o tamanho das populações de anfíbios existentes da Mata Atlântica devem diminuir sensivelmente em razão das mudanças climáticas previstas para ocorrer no bioma nas próximas décadas.