Após chuva, índice do sistema Cantareira tem pequena elevação
As chuvas registradas na noite de ontem fizeram com que o nível do sistema Cantareira subisse após uma semana de quedas. Hoje, o índice é de 12,1%, segundo dados da Sabesp.
As chuvas registradas na noite de ontem fizeram com que o nível do sistema Cantareira subisse após uma semana de quedas. Hoje, o índice é de 12,1%, segundo dados da Sabesp.
O atraso na última etapa da revisão tarifária da Sabesp deixou mais preocupados os investidores da empresa, que já estão com dúvidas sobre o volume de água que a Sabesp vai faturar neste ano e sobre as receitas da companhia. Diante das preocupações - que crescem a cada dia com a redução do nível do sistema Cantareira e a falta de informações precisas da companhia -, o mercado não poupou as ações da empresa, que caíram 5,55%, maior queda desde 20 de março, para R$ 19,74.
Vocês repararam que a Sabesp não está mais usando o slogan clássico da empresa nos últimos comerciais? A frase Água, sabendo usar não vai faltar foi banida dos últimos vídeos institucionais o que pode nos sugerir que a empresa não acredita tanto nessa afirmação. Afinal, desde que foram concedidos bônus para clientes que economizassem água houve uma queda no nível de consumo, mas a seca no sistema Cantareira ainda preocupa.
Apesar da série de medidas emergenciais adotadas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), entre elas a ampliação do programa de bônus para redução do consumo de água para toda a região metropolitana, o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira continua registrando sucessivos recordes negativos de capacidade.
Não choveu o suficiente, o sistema de abastecimento não estava preparado, e o risco de faltar água em São Paulo só aumenta. Um dia após o governador Geraldo Alckmin admitir que o racionamento de água - ou rodízio, como diz o governo paulista - é uma possibilidade, a Polícia Civil anunciou uma operação para prender empresários acusados de furto de água.
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) informou ontem que está em processo de negociação com a Sabesp para a resolução de duas ações que tramitam na esfera judicial e arbitral. A questão gira em torno do uso de água de reservatórios da Emae (Guarapiranga e Billings) pela Sabesp, por mais de 20 anos, sem remuneração. Com isso, a Emae teve uma perda de geração de receita estimada em R$ 100 milhões ao ano. "No entanto, não existe ainda consenso sobre valores", informou a Emae em comunicado.
SÃO PAULO - Após informar que anunciaria ontem à noite a revisão tarifária da Sabesp, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) voltou atrás e deixou de publicar a decisão. Não houve nenhum comunicado justificando a não divulgação de eventuais decisões sobre o tema.
Durante uma operação em São Paulo, a Polícia Civil encontrou várias fraudes e irregularidades nos aparelhos que medem a quantidade de água consumida. Só em 2013, 150 bilhões de litros de água foram usados sem pagamento.
A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, disse nesta quinta (10) que as projeções da empresa apontam segurança no abastecimento de água, sem necessidade de rodízio, até o final do ano, “considerando o pior cenário de chuvas e a utilização da reserva técnica [volume morto]”. A informação foi prestada durante a inauguração de um novo sistema de fornecimento de água no município de Vargem Grande Paulista, a 40 quilômetros da capital.
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) informou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, através de sua assessoria de imprensa, que não divulgará nesta quinta-feira, 10, a nota técnica final sobre a primeira revisão tarifária da Sabesp, conforme era previsto pelo cronograma oficial. Ontem, a reguladora chegou a confirmar em sua página na internet que a publicação dos valores finais do reajuste ocorreria hoje, após as 20h, mas retirou a nota do ar nesta tarde.