saneamento basico

15 de maio de 2014

O nível de água do Sistema Cantareira caiu novamente e agora está em 8,4% da capacidade de armazenamento, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
O governo de São Paulo deve concluir ainda nesta quinta-feira (15) as obras para captar água do volume morto do Sistema Cantareira, que abastece metade da capital paulista. Mesmo com as obras, a situação é crítica. Como São Paulo chegou a essa situação? Para entender melhor as proporções dessa crise, conversamos com o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. Braga é professor da USP e profundo conhecedor do tema – ele trabalhou na Secretaria de Recursos Hídricos de São Paulo e na Agência Nacional das Águas (ANA).
A Companha Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi punida com multa, por não fazer o tratamento do esgoto que é despejado no Rio São Francisco nas margens de Petrolina, Sertão pernambucano. A punição foi aplicada pela Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) e a companhia terá que pagar R$ 1 milhão ao município.
As obras, que são vinculadas aos empreendimentos habitacionais do Programa Pró-Moradia em execução na Capital, tem investimento previsto de R$ 750.960,62.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) aciona nesta quinta-feira, 15, às 10h, o conjunto de bombas que darão início à captação de água do “volume morto” do Sistema Cantareira. Nunca utilizada antes pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a água da reserva profunda do principal manancial paulista já pode chegar na torneira de mais de 8 milhões de habitantes da Grande São Paulo a partir de domingo.
Em reunião com vereadores, o superintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Sebastião Ney Vaz Júnior (PT), concluiu que a decisão sairá em agosto se a autarquia firmará PPP (Parceria Público-Privada) para a gestão da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Parque do Pedroso.
Menos água nas regiões secas, ainda mais inundações, fluxos de rios modificados, contaminação… O aquecimento global transformará radicalmente o mapa do acesso à água e acirrará as tensões em torno desse recurso vital.
Os investimentos serão direcionados a construção de sistemas de abastecimento d’água e de saneamento, girando em torno dos 20 milhões de reais.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a energia elétrica será mais barata no próximo ano porque haverá oferta de energia nova. Em audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 14, o ministro reconheceu que a situação energética era difícil e gerava prejuízos para algumas partes. “Agora conseguimos equilíbrio”, disse.
A próxima década será marcada por uma virada no planejamento energético do Brasil, que passará a dar mais peso às usinas térmicas com o esgotamento das possibilidades de se construir hidrelétricas de grande porte. A avaliação é do secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, que abriu hoje (14) o 5º Seminário Internacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro.