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Clima, recursos hídricos e produção agrícola: perspectivas, desafios e possibilidades para a gestão

Resumo

Cuidar da água é assegurar à atual e às futuras gerações não só o desenvolvimento, mas a sobrevivência. Garantir a segurança hídrica é um dever do Estado e uma responsabilidade de todos os cidadãos. Pela importância da gestão dos recursos hídricos, fez-se uma análise dos diferentes aspectos que relacionam o estudo do clima e a gestão do uso da água, bem como seus impactos no comportamento hidrológico e no setor fundamental de desenvolvimento econômico: a agricultura. Para o estado de Minas Gerais, considerando a Assessoria de Programas, Projetos e Pesquisa em Recursos Hídricos; Diretoria de Gestão e Apoio ao Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos; Gerência de Apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas e Articulação à Gestão Participativa e Núcleos de Assessoramento aos Comitês de Bacias Hidrográficas, foram feitas algumas inferências. Dentre estas, destacam-se ações conjuntas desses setores que podem ampliar os atuais programas em andamento e criar ferramentas para integrar os estudos locais dos órgãos de pesquisa e universidades, criando um produto específico com informações para cada bacia do Estado; incrementar os resultados das informações das mudanças climáticas aos cenários de expansão da irrigação no futuro Plano Diretor de Agricultura Irrigada; quantificar a produtividade futura das culturas, a demanda de água e sua utilização, bem como obter informações úteis para a gestão dos recursos hídricos no estado de Minas Gerais.

Introdução

Com o objetivo de discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, chefes de Estado de 193 nações reuniram-se na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Natural, que ocorreu no Rio de Janeiro, em junho de 2012. Nesse encontro foram propostas mudanças, sobretudo no modo como os recursos naturais do Planeta estavam sendo usados. Essa conferência tornou-se mais conhecida como Rio+20, já que, além de contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas, marcava os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, chamada Rio-92, que também havia ocorrido no Rio de Janeiro, no ano de 1992. Desde esse evento o Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas buscou facilitar a implantação da agenda de desenvolvimento futuro que iria suceder as Metas de Desenvolvimento do Milênio, além do ano de 2015, ou seja, surgia a campanha liderada pelas Nações Unidas conhecida como O Mundo que Queremos.

Um dos desdobramentos dessa campanha foi o conceito “O Mundo da Água que Queremos”, o qual é aberto a diferentes interpretações, associadas às percepções de cada pessoa ou organização acerca de um futuro desejado com garantia de alimentos, assegurada pela produtividade agrícola, desenvolvimento tecnológico e humano que assegure a subsistência de toda a vida no planeta Terra. Todavia, qualquer que seja a visão utópica de mundo que se crie, esta não pode ser alcançada sem o uso correto dos recursos terrestres e oceânicos e, principalmente, o fornecimento sustentável de água.

Com base nos dados citados, para o desenvolvimento de uma gestão ativa dos recursos hídricos de uma determinada região é necessário o conhecimento dos aspectos técnicos referentes aos parâmetros físicos, das demandas atuais e futuras, além do perfil de usuários dos recursos hídricos.

Autores: Williams Pinto Marques Ferreira; Marcos Antônio Vanderlei Silva e Cecília de Fátima Souza.

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