Lixo Transformação Coopama
No bairro Maria da Graça, na zona norte do Rio de Janeiro, um galpão se tornou símbolo de sustentabilidade e inclusão social. Há mais de 20 anos, a Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente (Coopama) vem ressignificando materiais descartados e, ao mesmo tempo, mudando vidas.
O projeto, fundado pelo administrador Luiz Carlos, de 63 anos, nasceu da necessidade de criar oportunidades para a comunidade e promover a reciclagem como uma ferramenta de transformação ambiental e social.
O caminho até aqui não foi simples. A ideia coincide com um momento de crise econômica no início dos anos 2000. Onde muitas indústrias do segmento metalúrgico e têxtil no bairro do Jacaré fecharam as portas. Na época, um empresário local decidiu fornecer um galpão com resíduos recicláveis e maquinário, o que possibilitou o nascimento da Coopama, que já ensaiava atuar no segmento.
Desde então, além de dar um destino correto ao lixo, a cooperativa se tornou um espaço de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo ex-catadores do lixão de Gramacho e pessoas que passaram pelo sistema penal.
“A gente abraça essas pessoas, traz para dentro e mobiliza para que entendam o que é uma cooperativa: um lugar de acolhimento e inclusão”, conta Luiz.
Lixo Transformação Coopama
Ele destaca que muitos cooperados que chegaram sem perspectivas conseguiram estudar, se formar e conquistar novas oportunidades no mercado de trabalho. “A maioria das pessoas que passaram por aqui não voltaram para as vidas que tinham antes, e isso é motivo de orgulho”, afirma.