saneamento basico

Microplásticos na costa do Ceará: uma revisão

Resumo

O plástico como fonte de poluição já é um problema grave a ser enfrentado globalmente. Isto porque, além dos problemas relatados, existem outras consequências geradas por essa poluição, os microplásticos, partículas de tamanho menor que 5 mm. Apesar dessa importância, pouco se sabe sobre essa poluição na costa equatorial nordestina. Nesse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi revisar o conhecimento atual sobre os microplásticos encontrados na costa do Ceará (nordeste do Brasil), bem como sua distribuição espacial, formas, cores e os métodos usados nas publicações. Foi realizada revisão bibliográfica para identificar produções científicas em periódicos nacionais e internacionais sobre microplásticos na costa do Ceará. Os dados foram obtidos a partir da análise de artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses de doutorado disponíveis na literatura. A busca foi realizada até dezembro de 2021, registrando um total de 32 estudos. Após o término do processo de seleção, restaram apenas 6 estudos feitos nesse litoral. Das seis pesquisas, quatro foram realizadas na capital do estado, Fortaleza, sendo então a região com maior número de estudos (66,6%), e as outras duas foram numa região dividida entre os municípios de Beberibe e Fortim e ao longo da costa do Ceará até o delta do Parnaíba. Nota-se também que todos os estudos foram publicados nos últimos 5 anos. Estudos que analisaram os microplásticos em água, biota e sedimento foram identificados. As redes de plâncton são as mais utilizadas para coleta de microplásticos na água, com variação do tamanho da malha (de 65 μm a 500 μm). Os fragmentos de microplásticos foram mais frequentes, seguidos pelas fibras e filamentos. Em relação às cores, as com maior ocorrência foram azul, verde, branco e preto. Há uma necessidade de mais estudos científicos na costa do Ceará e que estes ocorram em áreas mais distantes da capital, com foco voltado também para os ambientes dulcícolas, transicionais (estuários) e ambientes profundos. Além disso, é importante buscar novos estudos em biota, por exemplo, não há registro de estudos realizados com organismos planctônicos, crustáceos, tartarugas, sirênios ou elasmobrânquios.

Autora: THIFANY RIBEIRO SALDANHA.

LEIA O ARTIGO NA ÍNTEGRA

Últimas Notícias:
BNDES libera R$ 384 milhões para projeto inovador de captura de CO2 (2)

Sabesp capta água na Serra do Mar para conter seca de reservatórios

Sistema leva água para o Alto Tietê, que abastece 4 milhões na região metropolitana de São Paulo; reservatórios registram 25% de volume útilA Sabesp começou no dia 1º de dezembro de 2025 a captar água na Serra do Mar a fim de conter a queda do nível dos reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo. A estrutura transporta até 2.500 litros por segundo para o Sistema Alto Tietê, responsável pelo atendimento cerca de 4 milhões de pessoas.

Leia mais »