Saneamento básico: impacto do esgoto despejado na orla de Olinda/PE

Resumo

Estudos confirmam que mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à habitação segura e serviços básicos de saneamento, ocasionando a proliferação fácil de muitas doenças e degradação do meio ambiente devido a falta do abastecimento de água potável, da rede de esgotamento sanitário e coleta de lixo. Hoje, os esgotos constituem o maior problema de poluição marinha a nível global, tanto em volume de material poluente despejado quanto aos problemas de saúde publica que causam. O objetivo desse estudo foi descrever sobre saneamento básico e a problemática do esgoto despejado na Orla do Município de Olinda – PE, apresentando um guia para uma Estação de Tratamento de Esgoto. Trata-se de um estudo de caso, de objetivo exploratório e natureza qualitativa, realizada com base em um trecho da Orla do Município de Olinda-PE com despejo de esgoto no mar. Foi possível perceber que grandes são os problemas ambientais e este deve ser visto de maneira global, pelo fato de afetar tanto a vida de seres humanos quanto vegetação e animais. Um dos grandes problemas que estão relacionados à poluição do mar são os dejetos dentre eles destacam-se os componentes, físicos, químicos e biológicos. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é uma das soluções que podem evitar a poluição e melhorar a qualidade de vida, assim como, tornar o ambiente mais confortável e agradável a toda população.

Introdução

Para a OMS (Organização Mundial de Saúde) saneamento significa o controle de todos os fatores que se relacionam com o meio ambiente e o homem, caracterizando um conjunto de ações socioeconômicas com o intuito de diminuir ou evitar riscos para os seres humanos e animais (LEAL, 2008).

Para Guimarães, Carvalho e Silva (2007) grandes dos problemas sanitários afetam diretamente a população e estes estão intrinsecamente relacionados com o meio ambiente em que vivemos, podendo um local contaminado ocasionar mortes, sejam elas de pessoas, animais e vegetação.

O pai da Engenharia ambiental, o engenheiro Saturnino de Brito apresentou em 1930 os sistemas de distribuição de água e coleta de esgotos, favorecendo o saneamento e evitando os criadouros e proliferação de insetos. Hoje, esses sistemas funcionam na mesma perspectiva, e ainda estimulam a sociedade e comunidade tecnológica a desenvolver estratégias para melhorar o ambiente proporcionando qualidade de vida aos indivíduos (LEAL, 2008).

Uma pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil em 2013 revelou que no Recife no Estado de Pernambuco, que ocupa o 69º lugar no ranking, 82% da população recebe água tratada, mas menos da metade da cidade (35%) conta com rede de esgoto. Índice inferior é registrado em Olinda, onde 32% dos moradores têm acesso ao serviço. A pesquisa levou em consideração índices como percentual da população atendida com água tratada, coleta de esgoto, quantidade de esgoto tratado, vazamentos de água e investimentos (ITB, 2013).

A estatística descrita estimula pensar qual a preocupação dos governantes sobre tal temática e quais as estratégias de melhoria do sistema de saneamento básico podem ser aplicadas em localidades carentes ou que poluem o meio ambiente. A exemplo, diariamente são despejados na orla de Olinda em um trecho de 4,9 km de extensão, cerca de 827 mil litros de dejetos (cálculo baseado de acordo com a NBR – Norma Brasileira) 7229 e NBR 12209 oriundos de esgoto sanitário, causando assim poluição marinha, mortes de animais aquáticos, impossibilitando a utilização para banhistas nesse trecho.

Autores: Kleber José Pinheiro Lins e Micherllaynne Alves Ferreira Lins.

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