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Tratamento do lixiviado do aterro sanitário de Maringá/PR por processos combinados de ozonização e oxidação em água supercrítica

Resumo

Este trabalho objetivou avaliar a eficiência dos processos de ozonização (O3) e de oxidação em água supercrítica (OASc), bem como a combinação de ambos, no tratamento do lixiviado do aterro sanitário de Maringá/PR. As condições operacionais foram: O3 por 30 minutos e OASc a 600ºC e pressão de 23 MPa. Verificou-se que o tratamento combinado (O3 e OASc) resultou nas maiores taxas de remoções de praticamente todos os parâmetros físico-químicos analisados, mostrando-se uma tecnologia promissora para o tratamento do efluente em questão.

Introdução

O lixiviado, produto da decomposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários, é resultante da degradação física, química e biológica dos resíduos e da percolação das águas pluviais nos mesmos. De coloração escura e composição variável (metais tóxicos, compostos xenobióticos e orgânicos, amônia, entre outros), é imprescindível o tratamento desse efluente antes do seu lançamento em corpos hídricos receptores (Kjeldsen et al., 2002).

Devido à complexidade dos lixiviados e à baixa eficiência de processos convencionais para sua degradação, alternativas avançadas de tratamento têm sido estudadas, como a ozonização (O3) e a oxidação em água supercrítica (OASc).

A aplicação da O3 a lixiviados se caracteriza pelas altas reduções de cor e degradação de compostos orgânicos, patógenos e micropoluentes, propiciadas pela alta capacidade oxidativa do ozônio. Além disso, esse processo apresenta a vantagem da não geração de lodo (Bila et al., 2008).

A OASc, por sua vez, possibilita elevada remoção de matéria orgânica por meio das altas taxas de transferências de energia e massa que são obtidas em condições supercríticas (P ≥ 22,1 MPa e P ≥ 374,1 ºC) (Weijin e Xuejun, 2010).

Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo quantificar e analisar a eficácia dos processos de O3, OASc e a combinação de ambos (O3+OASc) na degradação do lixiviado do aterro sanitário de Maringá/PR.

Autores: Ana Paula Jambers Scandelai; F. B Moro; Jaqueline Zotesso e Carlos Eduardo Rodrigues Barquilha.

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