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Bacia do Rio Jundiaí melhora de nível e passa para classe 3 em 2017

Neste mês, a Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) irá se reunir com o Conselho de Recursos Hídricos do Estado para apresentar um relatório que pretende reenquadrar a classificação do trecho em Jundiaí e Salto, de classe 4 para classe 3, no qual abastecimento humano é permitido após tratamento convencional ou avançado. O documento também será analisado pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias do Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A mudança oficializará o Rio Jundiaí como a primeira bacia hidrográfica do País a ser totalmente despoluída.

O objetivo da Cetesb é muito maior do que mudar a classificação do rio para o abastecimento da população da cidade, visto que Jundiaí é autossuficiente com a captação da água pelo Rio Jundiaí- Mirim. Segundo o gerente da agência da Cetesb de Jundiaí, Domênico Tremaroli, a proposta é passar para classe 3 toda a bacia do Rio Jundiaí e aumentar a fiscalização e exigência para o padrão de despejo de dejetos. “Nosso objetivo é reenquadrar todo o rio na classe 3 e aumentar a fiscalização no padrão de lançamento de dejetos”, diz.

Para o diretor da Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), Luiz Pannuti, a despoluição da bacia do Rio Jundiaí é fruto de um trabalho que começou em 1983 com a criação do Comitê de Estudos e Recuperação do Rio Jundiaí (Cerju), formado pelos municípios, indústrias e a Cetesb. Ele informa que a construção das Estações de Tratamento de Esgoto ao longo da bacia são diretrizes formalizadas naquela época. “O Rio Jundiaí era mais poluído do que o Rio Tietê. Hoje já temos a volta dos Jundiás e outros peixes”, afirma.

O diretor da CSJ também destaca que há 30 anos o município era responsável por mais de 70% da poluição do Rio Jundiaí. Segundo Pannuti, a CSJ investiu mais de R$ 230 milhões desde 1996 para o tratamento de esgoto do rio. Ele também destaca o investimento da DAE na captação e abastecimento da cidade. “O tratamento do esgoto melhorou significativamente, mas ainda há o problema da poluição difusa causada por dejetos urbanos que caem no rio por meio das galerias pluviais, além da poluição rural causada por agrotóxicos”, alerta.

Região – A Sabesp, que administra o sistema de água e esgoto em Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Itupeva, informa que investiu R$ 206,6 milhões, no período de 2009 a 2014, em obras de saneamento da Bacia Hidrográfica do Rio Jundiaí. Segundo a Sabesp, o principal resultado destas obras foi o reenquadramento de trecho do Rio Jundiaí de classe 4 para 3, entre a foz do Ribeirão São José, em Itupeva, e do córrego Barnabé, em Indaiatuba.

“Esse rio tornou-se opção de manancial para o abastecimento dos 55 mil habitantes do município de Itupeva. Isso foi possível graças às obras de implantação de duas principais estações de tratamento de esgotos (ETEs) de Itupeva e Campo Limpo Paulista/Várzea Paulista, que eliminaram o lançamento de 257 toneladas de carga orgânica/mês no rio”, informa.

Fonte:  Jornal de Jundiaí

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