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Furto de água sobe 36% na região e alcança 6 milhões de litros, diz Sabesp

No ano passado foram 414 flagrantes da empresa em imóveis. Fraude mais comum é a violação do hidrômetro dentro da residência.

Consumidores furtaram ao menos 6 milhões de litros de água nas cinco cidades atendidas pela Sabesp na região de Campinas (SP) em 2016, segundo levantamento da empresa ao G1. O volume é 36.36% superior ao registrado em 2015 em Hortolândia, Itatiba, Monte Mor, Morungaba e Paulínia, municípios atendidos pela empresa de abastecimento. Em 2015, os furtos chegaram aos 4,4 milhões de litros.

Toda esta água furtada seria suficiente para abastecer uma cidade de 10 mil habitantes por 4 dias, segundo os técnicos da Sabesp. O levantamento da empresa, que tem o governo paulista como principal acionista, detectou também o aumento do número de fraudes.Em 2015 foram 217 flagrantes, mas no ano passado o número saltou para 414, 90% a mais.

Retroativo

Ainda segundo a companhia, a cobrança retroativa chegou aos R$ 460 mil nos casos das fraudes detectadas. Quem é flagrado tem que pagar um valor retroativo e responder inquérito policial. A empresa calcula o valor a ser cobrado levando em consideração os últimos 12 meses, e a diferença entre o que consumia e passou a consumir. No ano anterior, com as fraudes detectadas, a Sabesp conseguiu reaver R$ 288 mil.

Consumo normal diário

De acordo com o gerente comercial e administrativo da Sabesp Hortolândia, Sidnei Moller, cada pessoa consome normalmente 150 litros de água por dia.“Em termos de fraude, esse valor é um volume muito grande”, afirma Moller.

Ainda segundo o gerente da Sabesp, este número de 6 milhões de litros se refere ao que foi flagrado pelos técnicos da companhia. Em alguns casos, as fraudes não são detectadas. “Isso [6 milhões] foi o que nós conseguimos pegar”, completa.

O flagrante

O primeiro passo da Sabesp para identificar clientes que furtam água tratada começa na leitura de consumo nos imóveis. O próprio sistema de leitura aponta quais clientes estão com alta ou queda brusca no consumo.

Se aparece um consumo muito alto, primeiro, o cliente é orientado a verificar a possibilidade de vazamentos na residência ou no comércio.

Já em casos de consumo baixo, existe a possibilidade de a casa estar sem moradores. Com estes dados, é elaborado o primeiro filtro. Se os técnicos desconfiarem de algo, é feita uma vistoria no imóvel. Nos casos positivos, a Polícia Civil é chamada para fazer a perícia, segundo o gerente da Sabesp Hortolândia.

Tipos de furtos

Existem pelos menos dois tipos de fraudes, segundo os técnicos da empresa. Em uma delas, o consumidor faz uma ligação direta da água que passa na rua com a tubulação do imóvel.

Porém, a mais comum é a adulteração do hidrômetro. Esta também é a forma mais fácil de ser flagrada, já que o lacre da Sabesp é violado nestes casos.

Fonte: G1.

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