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E-book: Falando de Água

Resumo

Na América Latina estão 30% dos recursos de água doce do mundo; no entanto, áreas secas cobrem quase um quarto da região. Embora a região tenha apenas 8% da população mundial, os efeitos da mudança climática, na forma de secas e inundações que estão se tornando mais frequentes e intensas, têm sido particularmente devastadores para o abastecimento de água em nossas cidades. Todos esses fatores fazem com que proporcionar água potável segura e saneamento adequado para uma população em rápida urbanização se torne um desafio.

Introdução

A América Latina e o Caribe alcançaram avanços significativos, ainda que insuficientes, em termos de acesso a água e saneamento nas duas últimas décadas. Entre 1990 e 2015, mais de 220 milhões de pessoas (de um total de 600 milhões) obtiveram acesso a água e saneamento. A percentagem de pessoas com acesso a fontes de água melhores passou de 85% para 95%, e o acesso a serviços adequados de saneamento cresceu de 67% para 83%2.

Não há espaço, porém, para comemorações. Hoje ainda existem 34 milhões de pessoas em nossa região sem acesso a água segura, e os números para saneamento são muito piores: 106 milhões de pessoas ainda não contam com serviços de saneamento adequados, enquanto 19 milhões continuam a defecar ao ar livre. As estatísticas são bem piores entre os segmentos mais vulneráveis da sociedade e nas áreas mais remotas de nosso continente.

Por que essas lacunas de cobertura persistem? Poderíamos considerar que é um problema de financiamento. Nos últimos 25 anos, nossa região investiu muito pouco em nova infraestrutura de água e saneamento. Como se isso não fosse suficientemente ruim, não estamos fazendo o necessário para a manutenção das redes existentes. Como resultado, entre 30 e 60% do volume total de água tratada são perdidos em vazamentos.

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