Redes Água e Esgoto Brasil
Os Estados brasileiros que anotam maior capacidade produtiva per capita são aqueles em que a população tem maior acesso à rede de água e, especialmente, de esgoto. Dados de uma pesquisa conduzida pelos professores Luciano Nakabashi e Rudinei Toneto Jr, ambos da Fundace (Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia), vinculada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), detalha como está atual distribuição dos serviços de saneamento básico e sua correlação com indicadores econômicos e sociais.
Essa análise é fundamental, uma vez que o acesso ao saneamento básico é um pré-requisito essencial para a saúde pública, enquanto também exerce influência significativa no meio ambiente, na educação e no desenvolvimento econômico.
A pesquisa mostrou que os Estados mais desenvolvidos têm maiores acessos ao fornecimento de água encanada e à coleta e tratamento de esgoto.
- Nesse cenário, São Paulo se destaca como a região com maior acesso ao sistema de água encanada (95%).
- Na sequência estão o Distrito Federal (93,4%),
- Paraná (88,8%),
- Minas Gerais (87,9%) e
- Mato Grosso do Sul (87,2%).
Os pesquisadores também notaram bons índices nos Estados do Nordeste:
- Sergipe (85,4%),
- Rio Grande do Norte (84,9%) e
- Bahia (83,1%).
Na outra ponta estão:
- o Amapá (43,4%),
- Rondônia (46,2%),
- Pará (48,9%) e
- Acre (52,6%), como as regiões com menor oferta de redes de água e esgoto.
LEIA TAMBÉM: Estudo mostra que João Pessoa é a segunda capital do Nordeste no ranking do saneamento
Redes Água e Esgoto Brasil
Dado apurado pelos professores Nakabashi e Toneto Jr. é a relação entre o acesso as redes de esgoto e água. A ocorrência da primeira interfere diretamente na segunda.
“Há, aqui, elementos comuns, como políticas públicas municipais, que tendem a afetar o acesso da população às redes de água e esgoto”, comenta o pesquisador e professor de economia Luciano Nakabashi.
No acesso à rede de esgoto, novamente o Estado de São Paulo aparece no topo do ranking, com 91,3% de pessoas com acesso.
- Distrito Federal (86,2%),
- Rio de Janeiro (84,4%),
- Minas Gerais (80,7%) e
- Espírito Santo (75,4%) vêm em seguida.
Considerando o país de forma geral, os Estados da região sudeste se destacam na oferta e entrega desses serviços. O Paraná, que ocupa a sexta posição, tem índice 70,3%. Os menores percentuais estão no Amapá (12,1%), Rondônia (13,6%), Maranhão (18,2%) e Piauí (18,5%).
O nível de renda per capita estadual (valores para 2021, último dado disponível das contas regionais), e a presença de redes de água e esgoto também estão interligados, conforme apresenta a pesquisa da Fundace. No recorte específico do Estado de São Paulo, os municípios com maior PIB per capita se concentram na região metropolitana de São Paulo e seu entorno (Campinas, Sorocaba e São José dos Campos).
Cidades próximas à rodovia Anhanguera – da capital até Ribeirão Preto -, e as localizadas às margens das rodovias Presidente Dutra, Marechal Rondon, Raposo Tavares e Washington Luís também apresentam elevada renda per capita, com consequentes bons serviços de água e esgoto. O contrário está refletido em cidades do Vale do Paraíba, nas partes Sul e Noroeste do Estado paulista, em volta de Presidente Prudente, Paranapanema/Angatuba e Paulistânia/Piratininga. A parte Norte do Estado de São Paulo concentra os municípios com maior incidência de domicílios ligados à rede de esgoto.
Fonte: Jornal VA.