Mudança de tecnologia na ETE
Tecnologia é a solução contra o mau cheiro. Desde 1994, o bairro Potecas, em São José, sofre com forte odor de esgoto provocado pela estação de tratamento da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento). Apesar de a companhia ter instalado em 2014 quatro reatores anaeróbicos para amenizar o problema, os moradores da região ainda se queixam do cheiro.
A atitude de tapar o nariz ao passar pela região está com os dias contados
A Estação de Tratamento de Esgotos de Potecas foi construída na década de 80 e opera com o processo de tratamento por lagoas de estabilização. Quando a nova ETE estiver concluída, o tratamento passará a ser feito com sistema de lodos ativados por aeração prolongada, com mecanismos de controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final tratado.
A atitude de tapar o nariz ao passar pela região está com os dias contados. De acordo com a companhia, o uso da tecnologia aeróbia que será adotada na nova estação, em vez do processo anaeróbio utilizado atualmente, reduzirá sensivelmente o mal-estar da população local.
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O tratamento aeróbio é feito com a presença de oxigênio, pelo qual as bactérias degradam a matéria orgânica que será decomposta de acordo com o processo oxidativo. O controle do cheiro, sentido devido à liberação de gases como o sulfeto de hidrogênio (H2S), nas estações de tratamento é um dos mais desafiadores no processo.
Os sistemas aeróbios mais comuns são lagoas aeradas, filtros biológicos e os que propiciam a melhor eficiência em remoção de cargas. Entre as vantagens estão a redução de odores e a maior absorção de substâncias mais difíceis de serem degradadas.
O avanço tecnológico é determinado também pela norma 12.209 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de 2011, que trata de elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgoto sanitários. O dispositivo prevê tratamento de odores para unidades que geram mais gases odorantes.
Fonte: SCC.