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Estudantes de Brasília criam plástico biodegradável a partir da casca da laranja

Projeto toma projeções internacionais e pode ser apresentado em exposição na Malásia

Estudantes do Centro de Ensino Médio 2 do Gama, no Distrito Federal, desenvolveram um plástico biodegradável, feito da casca da laranja. O projeto, realizado junto ao professor de química Alex Aragão, é uma iniciativa de sustentabilidade, tem exposição prevista na Ásia e perspectiva para se tornar comercial em 2021.

A iniciativa surgiu dos alunos. Preocupados com as notícias sobre meio-ambiente, quando foi veiculado que as tartarugas marinhas ficavam lesionadas por conta do descarte de canudos na água, eles desenvolveram o material para tentar diminuir o impacto daquilo que é jogado fora.

“Eles [estudantes] tiveram a ideia a partir daquela polêmica dos canudos e etc, quando o pessoal enxergou de maneira mais clara o problema que a gente tem com o descarte irregular do plástico. Então, eles se propuseram a achar uma solução para esse problema que fosse biodegradável”, explicou Aragão.

 

“Foi feita uma pesquisa sobre várias maneiras de produzir biomaterial e uma das fontes foi a laranja, muito consumida no Brasil e com um grande problema em relação ao descarte da casca. Juntamos, então, o problema do descarte da laranja e da poluição pelo plástico para trazer uma solução biodegradável”, afirmou.

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Descarte da casca da laranja

A casca de laranja tem muitos compostos orgânicos e, pode ser tóxica ao meio ambiente caso descartada de maneira incorreta. Os alunos idealizadores fazem parte do projeto Clube de Ciência da escola, fundado há 15 anos. O objetivo da iniciativa é incentivar a produção científica já no ensino médio.

Para criar a estufa que eles precisam para secar as cascas de laranja e as membranas, por exemplo, usaram caixas de madeiras e vidro de um aquário quebrado. Assim, um processo que demora, em média, 7 dias, acaba durando até duas semanas.

As dificuldades e o trabalho na base do improviso, porém, não foram suficientes para desanimar os estudantes. O projeto levou o 3º lugar na Feira Brasiliense de Tecnologia e Ciência, e um prêmio no Encontro de Iniciação Científica do Entorno do Distrito Federal. Recentemente, a equipe recebeu um convite de outro continente: o plástico biodegradável poderá ser exposto em uma feira na Malásia.

A feira será em outubro, mas os estudantes ainda não sabem se terão condições de participar. Por isso, já começaram a fazer uma vaquinha on-line, com o objetivo de arrecadar R$ 25 mil. Até o momento, arrecadaram cerca de R$ 12 mil.

“Temos trabalhado para melhorar o material. A perspectiva é que até o próximo ano ele se torne comercial”, disse Aragão. “Já temos logomarca, identidade visual, estamos bem próximos”, emendou.

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