Incorporadora traça planejamento para redução inicial de até 40% desses materiais
O impacto ambiental resultante do constante processo de urbanização mundial é praticamente imensurável, mas não pode mais ser ignorado. A construção civil é responsável por gerar cerca de 122.262 toneladas de resíduos por dia, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil publicado pela a ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, em 2014.
Esse número engloba os descartes provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, além do que é resultante da preparação e escavação de terrenos para obras civis. Cada um dos geradores desse tipo de resíduo é responsável por sua destinação adequada, alinhados ao planejamento público específico do local em que estão atuando.
Mesmo quando as empresas e as esferas governamentais trabalham juntas, a alta quantidade de resíduos provenientes da construção civil torna necessária a união de forças para que seja possível reduzir a quantidade de materiais descartados em vez de apenas administrar tudo o que foi recolhido.
Processos mais limpos
É esse o cenário que os fundadores da incorporadora CAPPINI Negócios Inteligentes pretendem mudar radicalmente através de um processo de construção civil sustentável em todo o ciclo do empreendimento. A empresa nasceu em 2011 e o presidente Raphael Grigoletto explica que a CAPPINI reúne conceitos já existentes para realizar processos mais limpos, mas que ao mesmo tempo, continuem evoluindo tecnologicamente.
“Reunimos conceitos já existentes para fazer processos mais limpos, sustentáveis e que sejam capazes de continuar evoluindo. Hoje, as construções costumam ter 40% de seus custos destinados a equipamentos e materiais e 60% com mão de obra. Através de estudo, planejamento e processos, queremos mudar os valores para 80% em equipamentos e 20% mão de obra. Isso permite redução de resíduos, uma construção mais uniforme e precisa e diminui o desperdício de materiais.
Construção civil sustentável
Em outras partes do mundo, o processo de construção civil sustentável já é uma realidade e são nesses exemplos que a CAPPINI se embasa para começar a instaurar essa filosofia no Brasil. Na China, por exemplo, depois de construir alguns prédios sustentáveis em tempo recorde, Zhang Yue, CEO da Broad Sustainable Building, pretende erguer a mais alta estrutura do mundo em apenas quatro meses: a Sky City, um arranha-céu com 202 andares, resistente a terremotos de grandes magnitudes e totalmente adaptado com formatos sustentáveis de energia.
Para Grigoletto, a CAPPINI está para o Brasil assim como a Broad Sustainable Building está para a China: uma empresa com visão inovadora e sustentável em todos seus processos, capaz de reduzir resíduos, o tempo de construção e até mesmo os valores investidos, gerando também diminuição de custos no produto final, o que beneficia também o comprador, criando um ambiente sustentável do início ao fim do projeto. A empresa também possui um planejamento para a desconstrução de prédios e evolução dos projetos realizados, gerando assim muito mais benefícios ao mercado imobiliário, que recebe um novo formato, mais interessante em aspectos financeiros e inovadores.
Fonte: Paula Lopes Oliveira
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