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Unilever cria tecnologia que viabiliza reciclagem de sachês

Unilever pretende ter 100% de suas embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025

Um dos principais desafios da Unilever para concretizar o compromisso de ter 100% de suas embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025 era encontrar uma solução técnica para a reciclagem de sachês, que correspondem à maior proporção de embalagens plásticas não recicláveis devido ao pouco valor do produto no mercado de reciclagem e das dificuldades em reciclar o material.

CreaSolv® Process

Para solucionar a questão, a Unilever apresenta o CreaSolv® Process, tecnologia desenvolvida em parceria com o Fraunhofer Institute for Process Engineering and Packaging IVV, da Alemanha, que possibilita a reciclagem de resíduos de sachês. A CreaSolv® Process foi adaptada de um método utilizado para separar retardantes de chamas bromados dos polímeros em resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos. Durante o processo, o plástico é recuperado do sachê para, depois, ser usado para fabricar novos sachês para produtos Unilever – criando uma abordagem de economia circular completa.

Menor geração de resíduos

Os sachês são embalagens extremamente eficientes, já que utilizam pouca matéria prima – gerando, assim, menos resíduo -, e ocupam menos espaço no transporte em relação às embalagens tradicionais. Soma-se a isso o fato de tornarem os produtos acessíveis do ponto de vista econômico, permitindo que consumidores de baixa renda consumam produtos que, de outra maneira, seriam inacessíveis. Mas sem uma solução de reciclagem viável, os resíduos de sachê acabam como lixo comum ou em aterros. Como parte de seu Plano de Sustentabilidade, a Unilever o compromisso de encontrar uma alternativa ao simples descarte desse tipo de embalagem.

“Bilhões de sachês são utilizados uma única vez e descartados no mundo inteiro, acabando em aterros sanitários, em rios ou oceanos. No início deste ano, anunciamos o compromisso de ajudar a resolver a questão por meio de novas tecnologias de reciclagem. Pretendemos fazer com que essa tecnologia seja de fonte aberta e esperamos ganhar escala na tecnologia com parceiros na indústria, para que outras empresas – incluindo nossos concorrentes – possam usá-la”, comenta David Blanchard, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Unilever.

Econômia gerada

“O argumento econômico a favor dessa tecnologia é muito claro. Sabemos que, globalmente, perdem-se US$80-120 bilhões por ano porque os plásticos não são reciclados adequadamente. Encontrar uma solução representa uma oportunidade enorme. Acreditamos que nosso compromisso de tornar 100% de nossas embalagens recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis apoiará o crescimento do nosso negócio no longo prazo”, completa Blanchard.

Planta piloto

A Unilever irá inaugurar uma planta piloto na Indonésia ainda esse ano para testar a viabilidade comercial de longo prazo da tecnologia CreaSolv® Process. A Indonésia, é um país crítico para o combate aos resíduos, já que gera 64 milhões de toneladas por ano, das quais 1,3 milhão tem como destino o oceano.

Para abordar a questão de resíduos de sachês em toda a indústria, a Unilever está buscando criar uma mudança sistêmica sustentável por meio da estruturação da coleta para encaminhar os sachês para reciclagem. Atualmente, a Unilever está trabalhando com bancos de resíduos locais, governos e varejistas e buscará empoderar catadores de lixo, integrando-os à economia convencional, proporcionado renda no longo prazo e gerando o crescimento mais abrangente da economia.

A Unilever já tinha se comprometida a reduzir o peso de suas embalagens em um terço até 2020 e a aumentar a utilização de plástico reciclado em suas embalagens em ao menos 25% até 2025.

“primeira vez poderemos realizar a reciclagem de polímeros de alto valor”

“Com esta planta piloto inovadora, pela primeira vez poderemos realizar a reciclagem de polímeros de alto valor de sachês de múltiplas camadas pós-consumo. Nosso objetivo é comprovar a viabilidade econômica e os benefícios ambientais de CreaSolv® Process. Nossos cálculos indicam que poderemos recuperar 6 quilogramas de polímeros puros com a mesma energia necessária para produzir 1 quilograma de polímero virgem”, afirma Dr. Andreas Mäurer, Chefe de Reciclagem de Plásticos da Fraunhofer IVV.

Fonte: Redação – Agência IN.

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