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A indignação coletiva em Marília

 

. Como mencionei no artigo da semana passada, o que nos fez pensar muito nesta decisão da administração municipal foi o fato de que esta não havia sido uma promessa de campanha.

 

Ou seja, durante a corrida eleitoral para o cargo de prefeito o posicionamento do atual ocupante era outro: declarou nitidamente que não iria vender ou conceder a autarquia municipal para a iniciativa privada.

 

Pelo contrário, fez afirmações de que a saída, em caso de vitória nas urnas, seria a recuperação do Departamento de Água e Esgoto de Marília. O curso da história do município seguiu e não foi exatamente isso que aconteceu. Ainda sob o efeito do choque de tal medida, quero compartilhar aqui um posicionamento com relação a esta concessão, ou outras que poderão vir. Acredito que o debate público não pode ficar relegado ao segundo plano.

 

A sociedade mariliense precisa manter-se unida para monitorar cada passo do que ainda está para acontecer com a questão dos serviços de abastecimento de água e coleta do esgoto sanitário. Fala-se em abertura de edital, concorrência e até mesmo, já ouvi, que audiência pública sobre o assunto irá ocorrer. Pode até ser que as tais audiências ocorram, mas, como o direito de concessão é da administração municipal, com aval do Legislativo – e neste caso o aval já está com meio caminho andado, dificilmente as coisas mudariam numa consulta pública.

 

O que precisa ficar vivo é o espírito de monitoramento, para que, o edital que vier a reger esta futura concessão não seja lesivo à população de Marília e muito menos aos servidores do Daem. A sensação de consternação diante a este projeto foi tamanha, que na minha página pessoal do Facebook, onde postei um vídeo me posicionando contrário a intenção de concessão da autarquia, ocorreram mais de 70 mil visualizações, abrangendo mais de 120 mil pessoas.

 

Mais de 2.225 pessoas curtiram o vídeo e ocorreram mais de 1.130 compartilhamentos. Tudo isso demonstra que o assunto não era para ser tratado da forma como foi: da noite para o dia. Realmente fomos pegos de surpresa. Toda esta indignação coletiva não pode ficar represada e necessitamos cumprir nossa função cidadã de fiscalizar os atos e atitudes dos nossos representantes. Acredito que Marília deixou claro para todos que queria continuar tendo sob o seu controle o essencial recurso da água. Daniel Alonso é empresário, diretor das lojas Casa Sol e presidente da Acomac do Centro Oeste Paulista e ex-presidente da Acim de Marília

Editorial Jornal de Marilia

http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/29811/A-indignacao-coletiva-em-Marilia/

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