Com arrecadação de R$ 3,316 bilhões, em 2013 e previsão de crescimento para este ano, a Nova Cedae já fez o seu dever de casa no que se refere aos projetos de fornecimento de água e saneamento para os Jogos Olímpicos de 2016. O caderno de encargos foi grande parte antecipado, faltando pequenos projetos que ainda estão em andamento, conforme disse ao MONITOR MERCANTIL o presidente da estatal, Wagner Granja Victer, acrescentando que os investimentos para a Copa no Mundo não foram tão significativos do ponto de vista do saneamento básico.
– Para os Jogos Olímpicos, temos ainda temos projetos em andamento, como a finalização do sistema de esgoto da Barra da Tijuca. Estamos com o cronograma bastante tranqüilo e vamos superar o caderno de encargos estabelecido com o Comitê Olímpico Internacional?, disse, acrescentando que a empresa nos últimos anos disponibilizou cerca de R$ 8 bilhões para pagamentos de dívidas trabalhistas, dívidas tributárias com fornecedores, entre outros encargos.
Sobre um dos grandes gargalos da empresa no passado – a despoluição da Baía de Guanabara -, Victer fez questão de ressaltar que há uma série de projetos importantes em andamento. Frisou que neste ano inaugurou a estação da Pavuna, construída há mais de 15 anos e que nunca entrou em operação. Além disso, a Cedae também recuperou a estação de Sarapuí, em Belford Roxo, inaugurou a Estação de Alegria e adiantou ao MM que nos próximos de seis a oito meses a empresa vai inaugurar a estação de Tratamento de São Gonçalo.
– Isso é um investimento brutal na melhoria da água. Em paralelo, está em licitação no momento a ampliação da estação de esgoto de Alegria, passando de 2.500 litros por segundo para 7 mil litros por segundo. E tem a inauguração de Alcântara, que é uma nova estação de tratamento para um bairro grande de São Gonçalo. Então, há uma melhoria significativa na qualidade da água da Baía de Guanabara?.
Victer fez questão de lembrar que, quando a atual administração assumiu o comando da empresa, o grande gargalo era a renovação dos contratos com os municípios. A maioria deles estavam vencidos ou por vencer.
– Em 2007 renegociamos o principal contrato que foi com o Rio de Janeiro que representa 80% do nosso faturamento por 50 anos e renovável por mais 50. Com a maioria dos municípios significativos, 80% deles, nós já renegociamos. Isso dá uma vida de longo prazo para Cedae, coisa que não tinha no passado.
Para Victer, o bom desempenho da empresa se deve a uma melhoria na governança e a confiabilidade da empresa. A Cedae, que no passado antes da atual gestão, historicamente só dava prejuízo, nos últimos anos praticamente deu lucro em quase todos os anos. Isso, segundo ele, proporcionou que a empresa possa investir, junto com o governo do Estado, R$ 2 bilhões em projetos em parceria com o Governador que já estão em andamento e outros a serem licitados.
– Em 2007 o balanço da empresa teve abstenção de parecer do auditor independente. Isso nós herdamos. O auditor não validava o balanço da empresa, que não tinha registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para uma empresa que nos últimos anos foi auditada por empresas tipo PWC e E&Y, o que demonstra uma qualidade de seus números.
Victer ainda não considera a Cedae como sendo ?a Petrobras das águas?. Para ele, a empresa hoje tem balanços que correspondem a uma governança e confiabilidade de números.
– Costumo falar o seguinte: o ouro branco (água) no futuro vai ser mais valorizado do que o ouro negro (petróleo). A Cedae é uma empresa parceira da Petrobras em alguns projetos. Recentemente, fomos escolhidos para ser o fornecedor preferencial da Petrobras. Isso já demonstra que nós já estamos na linha de grandes organizações. E, um detalhe: a Cedae é a segunda maior empresa em termos de arrecadação. Só perde para Sabesp, de São Paulo.
Fonte e Agradecimentos: http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=148933&Categoria=EMPRESAS
