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Corsan propõe um contrato com prazo de 40 anos

Se o contrato anunciado esta semana pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul for de fato assinado, a Corsan vai atender o município pelo menos até o ano de 2054. Embora o Plano Municipal de Saneamento preveja metas de investimentos para três décadas, a proposta levada ao governo pela estatal, que opera em Santa Cruz desde 1969, é de um convênio de 40 anos.

O detalhe foi revelado ontem pelo presidente da empresa, Tarcísio Zimmerman, um dia após o Executivo tornar pública a conclusão das negociações. Conforme ele, entretanto, todas as obras serão realizadas dentro dos prazos previstos no Plano. A ampliação do tempo de vigência é necessária, de acordo com Zimmerman, para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, já que o volume de recursos exigidos pelo município é muito elevado – chega a R$ 395,5 milhões. A quarta década, portanto, será o período em que os investimentos serão amortizados pela estatal. “É o contrato mais generoso já assinado pela Corsan”, justificou.

Segundo o dirigente, do valor total incluído no acordo, cerca de R$ 250 milhões devem ser financiados via Caixa Econômica Federal ou Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), enquanto o restante virá do orçamento da empresa – que atende 320 municípios do Estado, possui um faturamento anual de R$ 1,8 bilhão e investe R$ 200 milhões em verba própria por ano. Como a captação de recursos externos depende de trâmites burocráticos lentos, Zimmerman explica que a parcela prevista para o plano emergencial (R$ 51 milhões que devem ser aplicados em melhorias no sistema nos dois primeiros anos) será custeada por recursos próprios. “Temos essa alavancagem que nos garante condições de realizar todos os investimentos do contrato dentro dos prazos, até porque a Lei Nacional do Saneamento exige que o Plano Municipal seja cumprido”, assegurou. O plano emergencial prevê instalação de reservatórios, construção da primeira fase da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) e execução de um programa de redução de perdas de água.

Coordenador da comissão que acompanhou a revisão do Plano e as negociações com a Corsan, o secretário municipal de Segurança, Henrique Hermany, alegou que o município acolheu a demanda da Corsan de ampliar o contrato porque a empresa assumiu compromissos para além dos investimentos previstos no documento, que estimava um total de R$ 388 milhões. “É um contrato muito vantajoso para o município”, argumentou.

Fonte: Gaz
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