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CPI da Agespisa não atinge número mínimo de assinaturas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)  proposta pela oposição para investigar as contas da Agespisa não recebeu o número mínimo de 10 assinaturas para que seja instalada. Os deputados Robert Rios (PDT) e Evaldo  Gomes (PTC), propositores da CPI, conseguiram apenas 9 signatários para o requerimento, embora inda não tenham se dado por vencidos.

Evaldo Gomes tenta conseguir a assinatura do tucano Firmino Paulo e apela ao prefeito Firmino Filho, relembrando o tempo em que o prefeito era deputado e falava da situação da Agespisa. No entanto não obteve resposta.

Outra esperança dos deputados era depositada em Júlio Arcoverde ( PP), que já presidiu a empresa em 2011. Rios disse ao anunciar que o requerimento estava pronto que Arcoverde havia se comprometido em assinar, assim como Firmino Paulo.

Robert Rios disse ainda que a CPI poderá invetigar os ex-diretores da empresa, caso surja algum indício de desvio de recursos em proveito pessoal dos gestores.

O líder do governo, deputado João de Deus, declarou na última semna que não acreditava que os colegas conseguissem 10 assinaturas para a CPI. Ele sugeriu, em pronunciamento no Plenário, a realização de uma auditoria pelo Tribunal de Contas do Estado nas contas da Agespisa.

João de Deus defendeu a reforma administrativa do governador Wellington Dias que transformou a Agespisa em Instituto de Águas do Piauí, uma autarquia, como solução para resolver os problemas da empresa. O Instituto passará a gerenciar o serviço de abastecimento d´água no Estado.

O deputado lembrou que a Assembleia realizou um seminário em 2013 para debater a situação da companhia, quando foram constatados vários problemas que prejudicavam a empresa, como o não pagamento das contas de água por órgãos públicos e os altos salários dos servidores. João de Deus salientou que, na época, as dívidas da Prefeitura de Picos com a Agespisa atingiam R$ 4 milhões e alguns salários chegavam a R$ 25 mil, ficando entre os mais altos do país.

Com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, a Agespisa se tornou inviável como empresa, com deficit e sem condições de obter empréstimos.

De acordo com o deputado “a instalação do Instituto de Águas e Esgotos possibilitará ao Piauí as condições para obter empréstimos, o que não aconteceu quando a Caixa Econômica Federal disponibilizou R$ 252 milhões para obras de saneamento porque a Agespisa se encontra inadimplente junto ao Governo federal”.

Quanto à incorporação dos servidores pelo Instituto, outra polêmica levantada pela extinção da Agespisa, o deputado garantiu que ninguém será prejudicado. Ele disse que o novo órgão vai fazer concurso público para contratação de novos servidores e que os antigos serão contemplados nos quadros da administração.

 

Fonte: Capital Teresina

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